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As baleias não choram!

É hora da indústria baleeira chorar

Vamos abolir a caça às baleias no Santuário de Baleias do Oceano Austral para sempre

“Não há nenhuma maneira de superarmos os barcos da Sea Shepherd!” – Funcionário da Agência de Pesca

Uma baleia jubarte mergulha ao lado do Steve Irwin (Foto: Gary Stokes)

Uma baleia jubarte mergulha ao lado do Steve Irwin (Foto: Gary Stokes)

Os funcionários da Agência de Pesca citaram um telefonema do Nisshin Maru, no Oceano Antárctico, em 11 de fevereiro. Com 8.044 toneladas, o Nisshin Maru é a nave-mãe da frota de pesquisa baleeira.

O maior jornal do Japão teve a coragem de dizer o que deve ser dito no Japão – que a caça às baleias acabou no oceano do sul! É uma indústria patética falindo em um sistema de subsídios de governo – uma operação glorificada que não tem lugar no século 21. É hora de aposentar os arpões e trazer a paz ao Oceano Antártico.

O que o Daily Yomiuri, jornal do Japão em inglês, reportou?

O Ministério da Pesca apontou cinco cenários. Falando sob condição de anonimato, um oficial do alto escalão do ministério disse que cinco cenários alternativos já foram estudados:

(1) Ter a frota baleeira escoltada por navios da Guarda Costeira do Japão ou outros.
Capitão Paul Watson: A Sea Shepherd se envolveu em confrontos no passado com a Marinha soviética, a Marinha norueguesa, a Marinha dinamarquesa, e com a Guarda Costeira canadense. Nós não vamos recuar para os japoneses da Guarda Costeira. Enviar a Guarda Costeira para o Oceano Antártico seria um ato de provocação contra a Nova Zelândia e a Austrália. A Nova Zelândia e a Austrália teriam de responder.

(2) Construir novos navios baleeiros capazes de viajar em alta velocidade.
Capitão Paul Watson: Proibitivamente caro, e a Sea Shepherd já está buscando um reforço maior com um navio mais rápido no gelo.

(3) Substituir a pesquisa baleeira pela caça comercial.
Capitão Paul Watson: Ainda seria ilegal matar baleias no Santuário de Baleias do Oceano Antártico, mesmo que a caça comercial fosse legalizada.

(4) Continuar com o regime de caça às baleias atuais.
Capitão Paul Watson: E a Sea Shepherd vai continuar a obstruir estas operações, de maneira mais eficaz.

(5) Fim da caça no Oceano Antártico.
Capitão Paul Watson: A única solução aceitável para a Sea Shepherd e as baleias.

O governo japonês está fazendo um grande esforço para livrar a cara. A realidade é que a indústria baleeira japonesa é uma indústria antiquada, que está morrendo, e que não tem lugar no Japão do século 21.

Em 1977, a Sea Shepherd lutou contra os baleeiros australianos em Cheynes Beach, na Austrália Ocidental. Foi um confronto amargo e raivoso. Em 1978, a Austrália terminou com a caça, e é agora a nação líder neste planeta na defesa das grandes baleias.

“Esta é a minha grande esperança para o Japão”, disse o Capitão Watson. “Como a Austrália, uma nação baleeira que evoluiu para um estado de compaixão para com as grandes baleias, e sei que quando os japoneses abraçam uma causa, abraçam com lealdade e determinação. Eu prevejo que o Japão será uma das principais nações conservacionistas no planeta nos próximos anos, e o fim da atividade baleeira no Oceano Antártico será início disso”.

A guerra de baleias no Santuário de Baleias do Oceano Antártico acabou. As baleias ganharam!

Traduzido por Raquel Soldera, voluntária do ISSB.