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Um Zoológico Disputado por Dois Bandos de Burros

José Truda Palazzo Jr.

PcdoB e PT, sem o menor respeito pela população gaúcha, pelo papel educativo e conservacionista da Fundação Zoobotânica e pelos animais do Zoológico de Sapcuaia, brigam por carguinhos para analfabetos partidários e paralisam a gestão de uma instituição que necessita visão profissional para evoluir.

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A Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul sempre foi uma instituição importante para a pesquisa e a conservação da biodiversidade em nosso Estado. Não menos importante pderia ser o Zoológico administrado pela mesma, não fosse o fato de ser, de longe, o ramo da Fundação que mais sofre com a pusilanimidade, a boçalidade, a cretinice de nossos “políticos”, se é que esse nome merecem os bandos, ou quadrilhas, que se adonam do Estado a cada eleição.

Entrados dois meses da nova gestão do Estado, o Zoológico encontra-se ainda sem Diretor. O motivo não é a busca de profissional da área ambiental e/ou veterinária especializado na gestão de instituições dessa natureza, com uma complexa demanda de conhecimentos para gerir um plantel de animais raros, uma visitação que deve ser educativa e empoderadora para a consciência ambiental, e um quadro profissional porcamente pago mas suficientemente deduicado para, numa instituição mal cuidada, ainda assim obter resultados importantes como a reprodução de espécies ameaçadas e ao atendimento aos animais apreendidos do tráfico pelas ações de fiscalização.

Não! O motivo da paralisação na nomeação do Diretor é a luta intestina entre o PcdoB, partido da Secretária Estadual do Meio Ambiente (e do tarado anti-ambiental Aldo Rebenta, o “comunista” lacaio dos latifundiários que tenta acabar com o Código Florestal), que quer emplacar um sambista totalmente analfabeto no tema, que os funcionários da FZB dizem ainda estar sendo acusado de estelionato pelo Ministério Público, e o Diretório do PT de Sapucaia do Sul, Município onde se encontra o Zoo e que se acha no direito de indicar seu próprio analfabeto para o cargo.

O “candidato” do PcdoB chama-se Alessandro Nicoletti Machado. Já esteve no Zoo, para perguntar o que faz um Diretor e se este tem de ter contato com os animais… e quantos cargos ele terá à disposição para nomear correligionários (ou parentes?).

Um Zoológico é coisa séria demais para virar espólio de coladores de cartazes e outros cabos eleitorais de partidecos. Exige respeito com a missão institucional da Fundação Zoobotânica, respeito com o público que o visita e com a população gaúcha que o sustenta, e principalmente respeito com os animais ali abrigados, que dependem de uma boa gestão para serem mantidos em condições minimamente aceitáveis e para contribuírem, sempre que possível, com a conservação de seus pares na Natureza. Nomear um arigó sem noção para Diretor do Zoológico de Sapucaia poderá ser o primeiro grande crime ambiental da gestão Tarso Genro. Esperamos que haja mais bom senso do que isso.

José Truda Palazzo Jr.

Ambientalista cansado e cidadão indignado

Reproduzido pelo Instituto Sea Shepherd Brasil.

Essa, a propósito, é minha opinião sobre Roma - uma cidade suja, barulhenta, de gente grossa, em que os fantásticos monumentos arqueológicos foram primeiro cobertos de capelas, igrejas e outras porcarias cristãs, e depois cercadas de autopistas como as que passam a um metro do Coliseu. Quem fez isso devia ir pra cadeia... mas lá é meio como aqui.
Essa, a propósito, é minha opinião sobre Roma – uma cidade suja, barulhenta, de gente grossa, em que os fantásticos monumentos arqueológicos foram primeiro cobertos de capelas, igrejas e outras porcarias cristãs, e depois cercadas de autopistas como as que passam a um metro do Coliseu. Quem fez isso devia ir pra cadeia… mas lá é meio como aqui.

José Truda Palazzo Jr. (Porto Alegre, 28 de julho de 1963) foi fundador e principal força motriz durante 27 anos do Projeto Baleia-franca, projeto que completou em 2007 25 anos e tem como objetivo a proteção da espécie Eubalaena australis, a Baleia-franca. Além disso, Truda Palazzo tem trabalhado, ao longo dos anos, em várias iniciativas de proteção ao meio ambiente, tendo se tornado um respeitado e conhecido ecologista.

Iniciou sua militância na área ambiental aos 15 anos, em 1978, quando somou-se a ativistas como José Lutzemberger na Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural e começou a atuar na campanha nacional para banir do Brasil a caça à baleia (proibida somente em 1985). Em 1979 conhece o Vice-Almirante Ibsen de Gusmão Câmara, então já um expoente do meio ambientalista brasileiro, e passam a trabalhar juntos pela conservação das baleias e do meio marinho.

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