Vem do inglês o termo usado para definir o tipo de pesca que, segundo ambientalistas, está dizimando a população de tubarões no mundo: “finning”.
Com ela, o tubarão é capturado, e suas barbatanas, cortadas. O animal então é jogado de volta ao mar, muitas vezes ainda vivo, sangrando e incapacitado de nadar.
A prática, dizem, ocorre também por aqui, do litoral do Sul ao do Nordeste.
“Praticamente todas as barbatanas que entram nas embarcações de pesca são direcionadas ao mercado asiático”, diz o professor de biologia Walter de Nisa e Castro Neto, coordenador do projeto Pró-Squalus, que visa a preservação de tubarões.
As barbatanas são consideradas iguaria “chique” pela emergente elite asiática, principalmente na China. Lá, uma sopa com esses “ingredientes” custa US$ 100 (cerca de R$ 200).
“Há uma verdadeira máfia asiática que contrabandeia grande quantidade de barbatanas, que nem chegam a ser desembarcadas nos portos”, conta o biólogo Wendell Estol, especialista em gestão ambiental, diretor-geral do Instituto Sea Shepherd Brasil.
Alguns países, como os Estados Unidos, proíbem o “finning” de tubarões.
No Brasil, ele também é considerado crime ambiental. Até o final deste ano, a Sea Shepherd pretende pedir ao governo brasileiro a moratória da pesca de tubarões por, no mínimo, 20 anos.