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Som do Oceano 2022 envolve comunidade santista

Durante o festival Som do Oceano 2022, organizado pela Sea Shepherd Brasil, centenas de pessoas conversaram sobre a importância do ecossistemas marinhos

O festival Som do Oceano é o maior evento anual da Sea Shepherd Brasil. Em resumo, o evento visa sensibilizar as pessoas sobre a importância do oceano, conversando com a comunidade sobre como podemos protegê-lo!

Após duas edições online, a versão 2022 ocorreu de forma presencial nas praias de Santos, reunindo muitos de seus voluntários apaixonados e parceiros engajados.

Assim, nos dias 23 e 24 de abril de 2022, os voluntários realizaram diversas atividades educativas, mutirões de limpeza e rodas de conversa com convidados especiais, em uma programação totalmente gratuita e aberta à comunidade.

Além disso, o festival Som do Oceano 2022 também foi importante para arrecadar fundos para as atividades da instituição, que não possui fins lucrativos e trabalha de forma independente desde 1977. 

O festival Som do Oceano colocou o oceano em pauta na própria praia, envolvendo a comunidade santista.

Forte trabalho de educação na beira da praia

Durante o evento, o núcleo de Educação Ambiental da Sea Shepherd Brasil desenvolveu atividades especialmente criadas para expandir a voz do oceano para crianças e adultos, que viveram uma verdadeira imersão no universo da conservação marinha.

Na Concha Acústica Vicente de Carvalho, foi organizada a exposição “Protegendo o Oceano”, que reuniu fotografias e instrumentos utilizados nas expedições de pesquisa científica da Sea Shepherd Brasil. 

A partir desses elementos, os educadores conseguiram contar histórias sobre o trabalho da instituição no Brasil, na Campanha Borrifos (estudo e educação sobre baleias), Campanha Cação é Tubarão (estudo e educação sobre tubarões), Expedição Boto da Amazônia (estudo e educação sobre os botos cor-de-rosa e botos tucuxi) e Campanha Ondas Limpas (estudo e mitigação de resíduos marinhos). 

Educadora Giovanna conversando com as crianças durante a exposição “Protegendo o Oceano”.

Assim, por meio dos itens e das fotos expostas, as educadoras conseguiram engajar o público com relatos sobre a atuação dos pesquisadores e ativistas que defendem a vida aquática.

Atividades educativas que estimulam os sentidos

Além disso, para proporcionar uma experiência ainda mais rica, o Espaço Educação contou também com atividades que transportavam as pessoas para o fundo do mar.

Assim, utilizando um óculos de realidade virtual 360 graus que simula a experiência de um mergulho, o público pôde conhecer a biodiversidade marinha em equilíbrio.

Durante o festival Som do Oceano, os participantes realizaram simulação de mergulho usando óculos de realidade virtual.
A atividade imersiva oferece efeitos visuais e sonoros que estimulam os sentidos. Por isso, ajuda a equipe a explicar como funciona o ambiente marinho com maior facilidade.
O mergulho por meio de realidade virtual encantou crianças e adultos de todas as idades.

Uma outra ação que chamou a atenção da comunidade foi a atividade “O Som das Baleias”, na qual as pessoas podem escutar sons de diferentes espécies de baleias e golfinhos.

Assim, os participantes puderam entender a importância do som para a comunicação entre eles e descobrir como a bioacústica, área que estuda o som dos animais, pode ajudar na conservação das espécies marinhas.

Educadora Giselle liderando a atividade sobre os sons de baleias, que contava com fones de ouvido.
Educadora Rebecca explica sobre os sons que as baleias e os golfinhos produzem.

Por fim, uma dinâmica coletiva chamada “O Jogo do Navio” contou histórias sobre as campanhas da Sea Shepherd no país, encantando o público infantil.

O Espaço Educação também contou com desenhos exclusivos dos animais marinhos protegidos pelas campanhas da Sea Shepherd Brasil, criados pela pesquisadora e ilustradora Adriana Miranda.

Limpezas de praia e subaquáticas fazendo a diferença

Durante o evento, também foram realizadas limpezas de praia e limpezas subaquáticas. Essas atividades aconteceram tanto na Praia do Gonzaga como na praia do Boqueirão, visando a coleta colaborativa dos resíduos sólidos.

Assim, além da participação de voluntários nas limpezas de praia em terra, mergulhadores colaboraram com as atividades de limpeza embaixo d’água.

Voluntários da Sea Shepherd Brasil e apoiadores realizaram diversas limpezas de praia durante o festival Som do Oceano.
A pequena Isa auxilia o voluntário Caio na limpeza de praia.
Foram coletados mais de 90 kg de resíduos durante o evento.

Após a coleta, ocorreu a triagem dos resíduos, atividade essencial para destiná-los corretamente. Inclusive, esse momento das limpezas serve para sensibilizar as pessoas sobre a quantidade e a diversidade de lixo que é encontrada no oceano. 

Em equipe, os voluntários coletaram, separaram, contaram e pesaram dezenas de quilos de resíduos, encontrados na praia e no fundo do mar.

A triagem é essencial para a correta destinação dos resíduos coletados na praia. Assim, os itens são separados, contados e pesados.
No total, os voluntários recolheram , identificaram e quantificaram 9.975 itens na praia.

Além disso, as educadoras atuaram na abertura das limpezas de praia, explicando sobre o impacto dos resíduos na vida marinha e humana. Por fim, falaram sobre formas de descarte correto e consumo consciente. 

Educadora Giulia explicando sobre os pellets, pequenos grânulos usados para fabricação de itens de plástico, durante a abertura da limpeza de praia.
Pellets, um tipo de microplástico encontrado nas limpezas de praia durante o evento. De fato, esse tipo de resíduo é comum em cidades portuárias, como é o caso de Santos.

Rodas de conversa com convidados especiais

Por fim, o evento também contou com diversas palestras temáticas, apresentadas por convidados muito especiais. Afinal, o festival Som do Oceano é um evento totalmente colaborativo!

Entre eles, estiveram presentes Marcos Libório, secretário do Meio Ambiente de Santos, que reforçou o compromisso de Santos em promover a cultura oceânica; Beto Pandiani, velejador que contou detalhes sobre suas expedições ao redor do mundo; e Alessandra Luglio, nutricionista que falou sobre alternativas vegetais às receitas com frutos do mar.

Marcos Libório, secretário do Meio Ambiente de Santos, reforçou o compromisso de Santos em promover a cultura oceânica durante sua fala, que abriu as atividades na Concha Acústica da cidade.

A seguir, Bianca Rangel, pesquisadora especialista em tubarões e voluntária da Sea Shepherd Brasil, alertou sobre o consumo da carne de tubarão sob o nome de cação.

Em resumo, a cientista mostrou como esse hábito contribui com a extinção destes animais tão importantes para o ecossistema marinho. Além disso, Bianca explicou que a carne de cação prejudica nossa saúde, já que pode conter diversas substâncias contaminantes, como metais pesados.

A cientista Bianca Rangel, responsável pela campanha “Cação é Tubarão” da Sea Shepherd Brasil, explicando os riscos do consumo de cação para as pessoas e para os tubarões.

Então, no último dia do Som do Oceano, o palco também recebeu a diretora da Sea Shepherd Brasil, Nathalie Gil. Esclarecendo fatos sobre os impactos humanos no oceano, ela contou detalhes sobre as campanhas da instituição no Brasil e no mundo.

Inclusive, nesse momento, alguns voluntários da Sea Shepherd Brasil também compartilharam um pouco sobre sua atuação na organização.

Por fim, para fechar a edição de 2022 do evento, uma ilustre palestra sobre a importância dos tubarões foi oferecida pelo documentarista de natureza Lawrence Wahba, que há décadas trabalha para desmistificar esses magníficos animais do oceano.

Saiba mais sobre o festival Som do Oceano

Não pôde estar presente no festival Som do Oceano 2022?

Então, aproveite para assistir à programação de 2021, que ocorreu de forma 100% online, devido à pandemia!

Além disso, assista ao vídeo do festival, produzido por um dos nossos parceiros institucionais:

Vídeo da versão 2022 do festival anual Som do Oceano, organizado pela Sea Shepherd Brasil. Produção: Windlog.