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Social Way viabiliza a compra de sala própria para a Sea Shepherd Brasil

Por Daniel Vairo, Diretor Geral e Co-fundador do ISSB.

A sede do ISSB. Os melhores 23 m2 da história da ONG

A sede do ISSB. Os melhores 23 m2 da história da ONG

No mês de setembro de 2010, o Instituto Sea Shepherd Brasil deixou de fazer parte do seguimento das ONGs sem teto. Depois de 11 anos se mudando de sala em sala e pedindo favores para se ter um cantinho para trabalhar, o Instituto Sea Shepherd Brasil (ISSB) conseguiu arrecadar a quantia necessária para a compra de sua própria sala comercial. O apoio da empresa de marketing social Social Way foi fundamental para a arrecadação dos recursos necessários para a aquisição da sala.

Em Julho de 2007 quando a sede da ONG saiu de Santa Catarina para Porto Alegre, a Sea Shepherd estava sem um espaço físico para exercer sua função. Os diretores, todos voluntários, guardavam cada um uma caixa com equipamentos do ISSB em seus apartamentos. No início de 2009 o Instituto Sea Shepherd se instalou dentro de um espaço cedido pela Fundação Conesul de Desenvolvimento (Conesul). Em setembro daquele mesmo ano, devido a crise econômica mundial a Conesul pediu de volta a sala e o ISSB mais uma vez ficou sem espaço para se organizar.

“Foi um momento quase que de desespero, tínhamos montado um planejamento uma rotina de trabalho dentro da Conesul e quando as coisas estavam começando a andar tivemos que desativar tudo,” lembra Daniel Vairo, Diretor Geral e Co-fundador do ISSB.

“Tivemos que tomar uma decisão drástica, ou continuávamos como nos anos anteriores, ou confiávamos em nossos apoiadores e voluntários e partíamos para o objetivo de comprar a sede,” completa Daniel.

A roupa de borracha da Karoline Meyer.

A roupa de borracha da Karoline Meyer.

Neste mesmo ano o Instituto Sea Shepherd tinha firmado uma parceria com a empresa de marketing social, Social Way. Foi através da compra de uma camiseta da Sea Shepherd que Sergio Morisson e Fernanda Suplicy, sócios da Social Way de São Paulo começaram a apoiar a missão do ISSB. Alguns meses depois o segmento da Social Way, o Brechó Social começou a funcionar, com o objetivo de ajudar organizações do terceiro setor através da venda de artefatos usados autografados por celebridades.

A brasileira recordista mundial de apnéia Karoline Meyer fez uma doação de uma roupa de borracha da Mormaii, o artista plástico Erick Wilson fez uma doação de uma de suas belas telas. A primeira peça vendida pela Social Way através do Brechó Social para beneficiar a Sea Shepherd Brasil, foi um casaco usado pelo Capitão Paul Watson na campanha para defender as baleias na Antártica,

O Embaixador do Mar - Erick Wilson e a tela Waves.

O Embaixador do Mar - Erick Wilson e a tela Waves.

Operação Migaloo.

Os recursos provenientes da venda do casaco do Paul Watson foi o suficiente para o Instituto Sea Shepherd fazer sua mudança para uma pequena sala emprestada por um dos seus maiores apoiadores. A sala ficaria cedida em forma de comodato por 12 meses, dando tempo o suficiente até que a ONG conseguisse os recursos necessários para a aquisição da mesma.

“Eu me lembro que, em dezembro mais ou menos, o Daniel me disse que a Social Way tinha conseguido do Kelly Slater, campeão mundial de surf através da Quiksilver, uma doação de uma de suas pranchas de surf. Que a prancha seria vendida por R$22 mil reais para beneficiar a ONG, a gente começou a pensar no que faríamos com aquele monte de dinheiro, imagina, nunca tínhamos recebido uma doação daquele tamanho!” lembra Wendell Estol, Diretor Técnico do ISSB.

Nos meses seguintes o Instituto Sea Shepherd Brasil abriu uma vaquinha na internet, pedindo doações para a compra da sede, o que chegou a arrecadar cerca de R$600 reais. Para o ISSB todo o valor doado é igualmente valioso.

“Fizemos uma estimativa de quantos acessos mensais temos ao nosso site, e se cada internauta fizesse uma doação de R$1 real poderíamos triplicar o nosso orçamento anual e ampliar de forma exponencial nosso programa de Estudos e Conservação da Vida Marinha,” conta Adriano Echeverria, Diretor de Comunicação do ISSB.

Em abril deste ano, Sergio e Fernanda comunicaram a Sea Shepherd Brasil que tinham um potencial comprador da prancha do Kelly Slater. No mês de Julho veio o comunicado que o Brechó Social da Social Way havia vendido a prancha de Kelly Slater pelo valor de R$22 mil reais. A compra da sede do Instituto Sea Shepherd Brasil foi garantida.

Esta é uma vitória para todos aqueles que desejam justiça na execução das leis ambientais, a proteção da vida selvagem e um futuro saudável para seus filhos, netos e bisnetos. Para as milhares de pessoas que ajudaram com o esforço do seu trabalho voluntário, se filiando a ONG ou divulgando a missão do Instituto Sea Shepherd Brasil, nós o agradecemos imensamente, esta vitória também é sua. Um agradecimento especial para Sergio e Fernanda da Social Way e Adair Ribeiro do Scuba BR pela divulgação da nossa missão em seu fórum de mergulho.

A todos que desejam ajudar ainda mais, deixamos aqui a dica. Se você conhece alguma celebridade, se você possui algum artefato de uma celebridade ou se você é uma celebridade, faça uma doação ao Brechó Social da Social Way em nome do Instituto Sea Shepherd Brasil.