Por Rodrigo Marques, Coordenador Regional voluntário do Núcleo RS do Instituto Sea Shepherd Brasil
No dia 06 de setembro, o Instituto Sea Shepherd Brasil ministrou a palestra “ISSB – Programa de Estudo e Conservação da Vida Marinha”, na Faculdade de Biociências da Pontifícia Universidade do Rio Grande do Sul (PUCRS), em Porto Alegre. O evento teve apoio do Programa de Educação Tutorial (PET-Bio).
A palestra foi ministrada por Rodrigo Marques, Coordenador Regional do Núcleo RS, e contou com a participação dos voluntários, que contaram suas experiências e as suas motivações para se tornarem membros da Instituição. Os trabalhos foram iniciados com a apresentação Institucional da Sea Shepherd Conservation Society, mostrando suas campanhas ao redor do mundo e a criação do Instituto SeaShepherd Brasil (ISSB), bem como sua forma de atuação no país.
Dentre os temas abordados estavam as ações civis públicas contra a pesca predatória, molestamento de cetáceos, finning e derrames de petróleo, onde voluntários estiveram presentes auxiliando o Ministério Público e a Polícia Federal durante o processo de limpeza e recuperação da área afetada pelo óleo.
Com o inicio da temporada de captura de golfinhos, em Taiji, no Japão, no dia 1º de setembro de 2013, uma parte da palestra foi dedicada somente para explanar esta questão, e destacar a participação da indústria de parques aquáticos na matança promovida na enseada. Um vídeo sobre o assunto foi rodado, deixando os presentes chocados com tamanha brutalidade no tratamento de golfinhos e baleias piloto.
Também foi abordada a campanha em defesa dos tubarões, realizada em Porto Alegre, através da colocação de um container simulando a apreensão de 3,4 toneladas de barbatanas, que foram provenientes da prática do finning, e o Projeto de Educação Ambiental que ocorreu em Torres (RS), durante o mês de janeiro.
Ainda sobre os tubarões, foi apresentada aos presentes a nova operação chamada “Operação Marco Zero”. Essa campanha foi lançada visando a preservação dos tubarões em Pernambuco, onde o ISSB irá recompensar fotos e vídeos que comprovem essa matança promovida por grupos da região servindo de provas para futuras ações civis públicas.
A ação mais polêmica, a proibição do turismo de observação de baleias embarcado (TOBE), na APA da Baleia Franca, em Santa Catarina, no litoral sul, ficou para o final. Os motivos que levaram a criação desta ação, as evidências do molestamento das baleias, o risco do desligamento dos motores nas enseadas da região e o descumprimento da lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), entre outras irregularidades, foram expostas e debatidas. “Deixamos claro que não somos contrários ao turismo, queremos que seja cumprida a legislação vigente de proteção dos cetáceos e tenhamos a certeza que os animais tenham sua saúde garantida”, finalizou Rodrigo Marques.