Na manhã de 16 de agosto, o Brigitte Bardot, no caminho de volta para as Ilhas Faroé vindo das ilhas Shetland, alcançou um grupo grande de baleias-piloto. As baleias-piloto cercaram o navio, chegando tão perto que a tripulação podia tocar-lhes. Enquanto isso, o Steve Irwin, posicionado perto do sul da ilha de Suduroy, começou a se dirigir para a mesma área, para se juntar ao Brigitte Bardot, chegando a tempo de ver este espetáculo impressionante.
Do helicóptero, o piloto Chris Aultman estimou que haviam cerca de 500 baleias-piloto em numerosos grupos em torno de uma grande área ao redor dos dois navios da Sea Shepherd. Golfinhos e baleias-fin foram vistos saltando, além das baleias-piloto. Vários tripulantes entraram no mar para filmar esses cetáceos maravilhosos debaixo d’água, muitos deles chegando a poucos centímetros dos mergulhadores e suas câmeras. Aultman visualizou baleias-fin nadando a 22 nós, com golfinhos surfando na frente delas.
A Sea Shepherd posicionou seus navios entre as baleias e as Ilhas Faroé e monitorou o movimento das baleias, pronta para intervir com dispositivos acústicos se necessário, para persuadi-las a desviar para longe das margens cruéis e letais das Ilhas Faroé.
Alexis Lum, do Canadá, encontrou debaixo d’água com uma mãe e seu filhote nadando em círculo, em torno dele. “Eu poderia ter tocado o filhote com a mão, ele estava tão perto e a forma que as baleias olharam nos nossos olhos, era como se estivessem tentando se comunicar conosco”, disse ele.
A tripulante americana Crystal Galbraith disse: “Fiquei impressionada com o quão amigável elas são, sem medo de nós, e tão intensamente curiosas. Como alguém poderia saudar esta simpatia com uma violência horrível é inimaginável”.
Os navios da Sea Shepherd estão ficando com as baleias-piloto durante a noite. “Somos como pastores aquáticos guardando nosso rebanho”, disse o Capitão Paul Watson. “Precisamos mantê-las longe dos ganchos e facas dos açougueiros das Ilhas Faroé”.
Traduzido por Raquel Soldera, voluntária do ISSB.