O New York Times informou em 02 de outubro que o Instituto de Pesquisa de Cetáceos, a operação estatal que gerencia a frota baleeira japonesa, confirmou que a Sea Shepherd Conservation Society custou aos baleeiros US$ 20,5 milhões em perdas na temporada de caça às baleias 2010-2011, no Santuário de Baleias do Oceano Austral.
Na última temporada, vimos os baleeiros alcançando apenas 26% de sua cota de matança. Na temporada anterior, os baleeiros conseguiram apenas 17%, devido à interferência da Sea Shepherd. A Sea Shepherd sofreu uma desvantagem de ter que reparar o navio Brigitte Bardot, danificado no início da campanha por uma onda gigantesca.
Em resposta ao artigo do New York Times, o Capitão Paul Watson declarou: “Eu acredito que isso confirma a nossa eficácia em interromper as operações baleeiras e realmente salvar as baleias. Os números falam por si”. O Capitão Watson continuou: ” Temos sido muito bem sucedidos na busca de nossos dois objetivos principais: primeiro, salvar as vidas de quantas baleias for possível, e segundo, afundar a frota baleeira japonesa economicamente”.
Na última temporada, vimos os baleeiros afundar ainda mais em dívidas, pois continuam a operar exclusivamente com subsídios governamentais maciços, incluindo cerca de 30 milhões de dólares do fundo japonês de socorro ao tsunami.
A realidade é que a frota baleeira japonesa está em um estado difícil de operações. O navio-fábrica Nisshin Maru necessita de reparos caros. Para retornar ao Oceano Antártico, os baleeiros vão precisar de outro enorme subsídio do governo.
É por esta razão que o Japão tomou medidas extremas para impedir o trabalho eficaz do Capitão Paul Watson e da Sea Shepherd, através de alegações fabricadas. A posição dos baleeiros é que se puderem remover o Capitão Watson, eles serão capazes de encerrar as operações da Sea Shepherd.
No entanto, a frota da Sea Shepherd é agora mais forte do que nunca, com quatro navios anti-baleeiros prontos para intervir nas operações baleeiras ilegais dos japoneses em dezembro, com a Operação Tolerância Zero.
O capitão Peter Hammarstedt falou sobre a Operação Tolerância Zero: “Nosso objetivo é levar a zero a cota de caça à baleia nesta temporada, e estamos agora em posição de fazer isso. Acreditamos que, se conseguirmos atingir zero mortes, podemos expulsar os baleeiros do Santuário de Baleias do Oceano Austral”.
Link para o artigo do The New York Times (em inglês).
Traduzido por Raquel Soldera, voluntária do Instituto Sea Shepherd Brasil