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Sea Shepherd apóia ação judicial para proteger as baleias

Visto do lado de fora, o Palácio da Paz em Haia (Holanda). O Palácio da Paz tem sido a sede do Tribunal Internacional de Justiça desde 1946. Foto: Capital Photos / Frank van Beek - Cortesia do ICJ

Tem início um processo judicial no Tribunal Internacional de Justiça de Haia nesta quarta-feira, 26 de junho, quando o governo australiano apresenta seu caso contra as operações baleeiras do Japão no Oceano Antártico. As audiências estão definidas por três semanas, de 26 junho a 16 de julho.

“Espero que o Tribunal Internacional verifique que o Japão está caçando para fins comerciais, através de uma brecha da lei internacional”, disse o presidente da Sea Shepherd Austrália, o Dr. Bob Brown.

“A Sea Shepherd Austrália tem mantido a lei e proporcionado a única proteção direta de milhares de baleias, que teriam sido abatidas por lucro por parte da frota japonesa. A questão da aplicação da decisão do Tribunal Internacional, se bem sucedida, agora se agiganta”, disse o Dr. Brown.

“Não existe nenhuma agência de policiamento ambiente global. Caberá aos governos australiano e neozelandês cumprir a lei, se o Japão ignorar o Tribunal Internacional de Justiça, de que a caça comercial deve parar”, disse o Dr. Brown.

“A caça de baleias pelos japoneses não é apenas moralmente errado, é também uma violação dos regulamentos internacionais e, sem dúvida, o Tribunal Internacional de Justiça vai chegar à mesma conclusão. Espero, porém, que o governo japonês não trate o veredicto do Tribunal Internacional de Justiça exatamente como trata qualquer outro veredicto, tratado ou resolução judicial internacional: ignorando completamente, e faltando com o respeito pela opinião da comunidade internacional. Isso irá isolar somente ainda mais o governo japonês em relação ao resto do mundo”, disse o capitão Alex Cornelissen, Diretor Global de Sea Shepherd e Diretor de Operações da Sea Shepherd Galápagos.

“Eu acho que chegou a hora de sanções comerciais serem impostas a um governo cujo único propósito parece ser a destruição dos nossos oceanos, embora seja ilegal, a caça, a pesca excessiva ou a falta de medidas para evitar que os resíduos radioativos sejam eliminados nos oceanos. O governo japonês está se manifestando como um serial killer ambiental, e a comunidade internacional precisa começar a responsabilizá-los por suas ações”, disse o capitão Cornelissen.

As audiências públicas também serão transmitidas ao vivo e na íntegra no Tribunal Internacional de Justiça no site do www.icj-cij.org, e estará disponível na TV Web da ONU, em www.webtv.un.org.

Frota da Sea Shepherd defendendo as baleias no Oceano Antártico. Foto: Sea Shepherd Austrália / Eliza Muirhead

Traduzido por Raquel Soldera, voluntária do Instituto Sea Shepherd Brasil