Editorial

Finalmente, tem início

Comentário pelo fundador da Sea Shepherd, Paul Watson

Em 2007, o governo da Austrália decidiu levar o Japão ao tribunal para pôr fim à caça ilegal de baleia japonesa no Oceano Antártico. Finalmente esse dia chegou.

O caso da Austrália contra operações baleeiras do Japão no Oceano Antártico começa perante a Corte Internacional de Justiça em Haia, na Holanda.

A Sea Shepherd Holanda vai acompanhar o julgamento.

A Austrália tem um excelente caso contra o Japão.

O julgamento está previsto para durar três semanas, com uma decisão a ser tomada até o final do ano.

A Sea Shepherd Austrália está esperançosa de que a decisão em favor da Austrália vai finalmente colocar um fim à matança no Santuário do Oceano Austral.

No entanto, a Sea Shepherd Austrália está preparando a frota da Sea Shepherd para um retorno ao Santuário de Baleias do Oceano Antártico, em dezembro de 2013.

Se o Japão agir de acordo com o veredicto da Corte Internacional de Justiça e não retornar ao Oceano Antártico, não deslocaremos os navios da Sea Shepherd.

Se o Japão não cumprir a sentença da Corte Internacional de Justiça de não retornar ao Oceano Antártico, os navios da Sea Shepherd serão mobilizados para ajudar a Austrália a defender o veredicto.

Se a caça ilegal terminar no Santuário de Baleias do Oceano Antártico, iremos direcionar os navios da Sea Shepherd para agir do outro lado do planeta, opondo-se à matança ilegal de baleias-fin, ameaçadas pela Islândia.

Desde 2002, a Sea Shepherd enviou nove campanhas para as águas distantes da costa da Antártica para intervir contra as atividades de caça ilegal da frota baleeira japonesa. Estas campanhas têm sido muito bem sucedidas, com o Japão tendo menos de 10% da cota de matança na última temporada com a Operação Tolerância Zero, apenas 26% no ano anterior com a Operação Vento Divino, e 17% no ano da Operação Sem Conciliação.

A Corte Internacional de Justiça em Haia vai ajudar a decidir se Sea Shepherd deverá retornar para a décima campanha com a Operação Sem Piedade.

Os navios e as tripulações estarão prontos quando dezembro chegar. Esperamos que eles não tenham que se aventurar no Sul novamente.

Traduzido por Rodrigo Marques, voluntário do Instituto Sea Shepherd Brasil