Editorial

Baleeiros japoneses fazem seu primeiro ataque da temporada – na Sea Shepherd

Comentário pelo Capitão Paul Watson

O Nisshin Maru em doca seca. Foto: Sea Shepherd

Parece que a frota baleeira japonesa está pronta para partir.

Eles dispararam seu tiro de abertura no dia 17 de dezembro, com a decisão do 9º Tribunal dos Estados Unidos na liminar contra a Sea Shepherd e o Capitão Paul Watson, especificamente. Segundo a decisão, a Sea Shepherd deve manter distância da frota baleeira no Santuário de Baleias do Oceano Austral.

A ordem judicial foi uma única página de e-mail a conceder a liminar, apesar do fato de que a liminar foi negada em fevereiro de 2012 pelo juiz Richard Jones, em Seattle.

Em um movimento completamente sem precedentes, a liminar foi concedida por três juízes do 9º Circuito antes da audiência ser realizada e antes do julgamento sobre a matéria, previsto para setembro de 2013.

É uma situação complexa em que uma Corte dos Estados Unidos está emitindo uma injunção contra navios holandeses e australianos transportando uma tripulação internacional, operando a partir da Austrália e da Nova Zelândia, em águas internacionais, e em águas da Zona Econômica Exclusiva da Antártica Australiana. Além disso, o Tribunal ignorou o fato de que os baleeiros japoneses estão desprezando uma ordem judicial do Tribunal Federal da Austrália e da caça às baleias que ocorre no Santuário Antártico das Baleias.

O que a Sea Shepherd Conservation Society vai fazer?

A posição da Sea Shepherd é clara: nossos navios, oficiais e tripulantes estão 100% comprometidos em alcançar uma quota zero de morte de baleias. Esta é a Operação Tolerância Zero e 120 tripulantes de 26 nações diferentes estão dispostos a arriscar suas vidas para defender as baleias, ameaçadas de extinção e protegidas no Santuário de Baleias do Oceano Antártico. A Sea Shepherd está empenhada em defender a integridade deste santuário, estabelecido internacionalmente.

Qual é o propósito de um santuário de baleias transformado em lei internacional se o Japão pode matar baleias em suas águas territoriais, enquanto despreza o Tribunal Federal da Austrália?

Esperamos que a frota baleeira japonesa estivesse esperando por esta decisão antes da partida do Japão. Quando chegarem lá, ainda vão nos encontrar lá, guardando o Santuário de Baleias do Oceano Austral com nossos navios e nossas vidas.

“Vamos defender essas baleias como temos feito nos últimos oito anos – de maneira não-violenta e legal”, disse o Capitão Paul Watson.

Pelas baleias,
Capitães, tripulantes, administração e pessoal da Sea Shepherd Conservation Society

Navio da frota baleeira japonesa da fábrica, o Nisshin Maru. Foto: Sea Shepherd

Nisshin Maru. Foto: Sea Shepherd

Traduzido por Raquel Soldera, voluntária do Instituto Sea Shepherd Brasil