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Sea Shepherd corta fornecimento de combustível da frota baleeira

SSS Sam Simon intercepta o petroleiro de reabastecimento dos baleeiros, o Sun Laurel

O capitão do SSS Sam Simon, Luis Manuel Pinho, com o Sun Laurel a distância. Foto: Billy Danger

MELBOURNE, Austrália – Esta manhã, às 06h30 (horário da Austrália), o navio da Sea Shepherd Austrália, o SSS Sam Simon, encontrou o navio de reabastecimento da frota baleeira japonesa, o navio registrado no Panamá e de propriedade coreana, Sun Laurel, a 1.250 milhas ao sul de Albany, na Austrália (55 graus e 41 minutos a sul e 119 graus e 08 minutos a leste).

O navio da Sea Shepherd, SSS Steve Irwin, mudou curso para se encontrar com o Sam Simon e planeja bloquear o acesso ao navio petroleiro por quaisquer navios baleeiros ilegais que tentem reabastecer.

O Sun Laurel reabastece o Nisshin Maru várias vezes durante a temporada de caça às baleias. Ao interceptar o Sun Laurel, o Sam Simon tem, literalmente, cortado o fornecimento de combustível para a frota baleeira, com o potencial de forçar os baleeiros a reduzir sua curta temporada.

O Diretor da Sea Shepherd Austrália, Jeff Hansen, fez o seguinte comentário: “Um enorme golpe foi dado hoje a esses caçadores de baleias ilegais do Japão. Por ser um navio australiano registrado, o país cuja legislação federal esses caçadores estão desacatando, impedir seu suprimento de combustível é um resultado incapacitante. Além do mais, o Sam Simon fez parte do programa de “pesquisa” japonês, de modo que ter um dos seus próprios navios voltando contra eles deve ser um golpe psicológico. É hora de controlar a frota do Japão e voltar para Tóquio”.

O SSS Bob Barker continua a perseguir o navio-fábrica, o Nisshin Maru. “O navio de massacre de baleias, o Nisshin Maru, pode correr, mas não pode se esconder. Com uma frota aérea de aviões e um helicóptero auxiliando a nossa frota, podemos continuar a acompanhar, perseguir e perturbar estes caçadores”, disse o capitão Peter Hammarstedt, a bordo do Bob Barker . Desde que a Sea Shepherd interceptou a frota baleeira, em 29 de janeiro, os baleeiros se espalharam e fugiram para o oeste. Com base no curso do Sun Laurel quando ele foi localizado, acredita-se que o Nisshin Maru está correndo por aproximadamente 1.500 milhas. Isso equivale a uma média de 200 quilômetros por dia, dando aos baleeiros muito pouco tempo para parar e matar baleias.

O navio arpoador Yushin Maru 3 continua a ser incapaz de matar as baleias, já que está perseguindo o Steve Irwin e relatando a posição do navio para a fuga do Nisshin Maru.

“O que ocorre aqui é como um jogo gigante de navios de guerra ao longo de centenas de milhares de milhas náuticas quadradas”, disse o capitão do Sam Simon, Luis Manuel Pinho, de Ocean Reef, Austrália Ocidental. “Há bloqueio, interceptação, blefe, manobras por posições e vantagens, corte e manutenção de linhas de abastecimento, afastamentos e precauções. O objetivo dos baleeiros japoneses é matar as baleias e nosso objetivo é ter certeza de que não farão isso.”

O Co-líder da Operação Tolerância Zero, Bob Brown, disse: “O Sun Laurel foi localizado mais de 1.000 milhas ao sul de Albany. É preciso não esquecer que pouco mais de 30 anos atrás, a Austrália era uma nação baleeira, e a última baleia, uma baleia fêmea, foi morta em 20 de novembro de 1978, fora de Albany. Atualmente, a Austrália é um dos defensores mais apaixonados de baleias no mundo, e espero que um dia, em breve, o Japão possa ser visto como o mesmo.”

Apesar de informar o Governo australiano que suas operações seriam no Mar de Ross nesta temporada, a frota baleeira passou o tempo todo em águas territoriais australianas da Antártida e em águas próximas à Ilha Macquarie.

Navio da frota baleeira japonesa de reabastecimento, o Sun Laurel. Foto: Billy Danger

Vista do Sun Laurel do SSS Sam Simon. Foto: Billy Danger

Traduzido por Raquel Soldera, voluntária do Instituto Sea Shepherd Brasil