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Guardiões da Represa relatam que leão-marinho está em grave perigo no Porto de Astoria

Muitas entidades designadas a molestar os leões-marinhos às custas do contribuinte, mas nenhuma disponível para ajudar no momento de necessidade

"Esperança", o leão-marinho nº 781, estava claramente em perigo em águas rasas, mas nenhum órgão do governo veio em seu auxílio. Foto: Sea Shepherd

Os Guardiões da Represa da Sea Shepherd estão no Porto de Astoria, nos Estados Unidos, para documentar o trote, a marcação e a morte de leões-marinhos pelo crime de comer salmão ao longo do rio Columbia. Identificaram um leão-marinho em perigo no extremo oeste do Porto no leste da Bacia, na segunda-feira (22) à tarde. Marcado com o número 781, ele parecia ter um novo ferimento  sangrando nas costas, possivelmente de tiro de borracha, juntamente com tinta amarela respingado em seu pêlo. A área ao longo das margens dos rios, onde ele foi encontrado, é cheia de vidros quebrados e objetos de metal afiados que poderiam ter ferido o animal. Ele estava em uma área rasa do rio quando foi encontrado. Sua respiração era difícil e ele estava tendo problemas para manter sua cabeça acima da água. Na esperança de obter alguma ajuda para tratar o animal antes que seja tarde demais, os Guardiões da Represa o chamaram de “Esperança”.

Os Guardiões da Represa têm relatado a condição do leão-marinho “Esperança” para a Rede de Mamíferos Marinhos da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica, mas, em Oregon, a lei foi elaborada de tal forma que eles não têm autoridade para agir, já que o Estado tem uma política de “não reabilitação”. Os Guardiões da Represa também tentaram ligar para o Serviço Nacional de Pesca Marinha e o Departamento de Pesca e Vida Selvagem de Oregon, mas estas agências governamentais não estão abertas após as cinco horas, e notavelmente não têm um número de emergência após o expediente para denúncias de animais selvagens em apuros.

“É difícil imaginar que em um determinado dia o rio está cheio de representantes da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica, do Serviço Nacional de Pesca Marinha, do Departamento de Pesca e Vida Selvagem de Oregon, da Comissão de Pesca Tribal do Rio Columbia, da Comissão de Pesca Marinha do Pacífico, dos engenheiros do Exército dos EUA, do Departamento de Serviços de Agricultura e Vida Selvagem, e da Administração de Bonneville, todos desempenhando um papel na tortura implacável, marcando, capturando e, finalmente, matando estes animais inocentes às custas do contribuinte “, disse Ashley Lenton, líder local da campanha Guardiões da Enseada. “Mas no momento em que  um animal está com problemas, não só não encontramos ajuda, como é um crime ajudar estes animais, devido às leis arcaicas de proteção da vida selvagem de Oregon”, acrescentou.

Mesmo no Dia da Terra, reconhecido mundialmente como um dia para ajudar a fazer um impacto positivo sobre a Terra, um animal em perigo, que deveria estar sob proteção, sofre. Na ausência de qualquer órgão do governo que venha em socorro do animal, os Guardiões da Represa manterão uma vigília durante toda a noite para que “Esperança” não seja deixado sozinho em seu momento de necessidade. No momento da redação deste artigo, o “Esperança” desapareceu em direção ao píer, que foi temporariamente fechado para o tráfego de pedestres.

“Oregon, e especialmente a cidade turística de Astoria, precisam criar uma página para o Pier 39 de São Francisco e perceber o quão economicamente lucrativo seria limpar a costa de Astoria e dar refúgio permanente para os leões-marinhos que têm chamado esta região de casa desde muito antes da expedição de Lewis & Clark”, disse Ashley Lenton. “Caso contrário, eu tenho uma sugestão para um novo slogan de turismo do Estado: ‘Venha para Oregon: casa dos leões-marinhos mortos”.

Entenda:

• A campanha Guardiões da Represa começou dia 15 de março e é a segunda campanha em defesa dos leões-marinhos da Sea Shepherd ao longo do rio Columbia. Até 368 leões-marinhos da Califórnia serão executados por trabalhadores dos Estados de Washington e Oregon pelo crime de comer salmão em perigo no rio Columbia, perto da Barragem de Bonneville. Os Estados estão autorizados a matar 92 dos pinípedes protegidos pelo governo federal anualmente até junho de 2016. Os leões-marinhos são marcados com ferros quentes, atingidos com balas de borracha e explosivos, e mortos por injeção letal ou espingarda por comer menos de 4% do salmão na represa. Na última temporada, sozinhos, eles comeram menos de 1,6%. Toda essa confusão é feita às custas dos contribuintes, enquanto a pesca comercial, esportiva, e tribal estão autorizadas a retirar até 17% do mesmo salmão ameaçado de extinção, e a barragem em si mata cerca de 17% do salmão adulto.

• Os Guardiões da Represa estarão no Porto de Astoria e na represa de Bonneville documentando e divulgando a perseguição e assassinatos até 31 de maio de 2013. A Sea Shepherd está pedindo aos cidadãos interessados ​​para registrar suas queixas com os Gabinetes dos Governadores de Washington e Oregon, fazerem doações ou se tornar um Guardião da Represa.

Traduzido por Raquel Soldera, voluntária do Instituto Sea Shepherd Brasil