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“Esvazie os Tanques” mobiliza contra a indústria de baleias e golfinhos em cativeiro

Evento mundial "Esvazie os Tanques". Foto cedida pelo Empty the Tanks

Com documentários contundentes como The Cove e Blackfish liderando um novo caminho, o mundo está reavaliando se é ético, e até mesmo seguro, manter os mamíferos marinhos sensíveis em cativeiro. Com o grande lançamento de hoje do Blackfish, uma história verdadeira sobre orcas em cativeiro, idealizado pela ativista Rachel Greenhalgh, voluntária da Sea Shepherd Conservation Society que ficou firmemente vigiando os golfinhos em Taiji, no Japão, está aproveitando o momento para educar e mobilizar o mundo para esvaziar os tanques em 27 de julho de 2013, e deter o paternalismo dos parques aquáticos.

O objetivo do dia mundial pelo movimento “Esvazie os Tanques” (Empty the Tanks, em inglês) é aumentar a consciência do que acontece com baleias e golfinhos em cativeiro, a fim de colocar um fim a esta indústria. Lançada em abril, a campanha “Esvazie os Tanques” se multiplicou e inclui apoiadores em todo o mundo, incluindo Japão, Argentina, Canadá, Austrália e Estados Unidos. As manifestações ocorrerão em 24 locais, em 11 países no total.

“Esvazie os Tanques” não é um movimento radical exigindo a libertação de todas as baleias e golfinhos cativos. Embora alguns desses animais podem ser grandes candidatos à liberdade, há outros que certamente não conseguiriam sobreviver em mar aberto, mas devem ser aposentados e levados para redes em alto-mar, onde podem desfrutar o resto de seus dias em água marinha, além do mais importante, sem realizar acrobacias para a diversão das pessoas.

Susan Hartland, Diretora Administrativa da Sea Shepherd EUA, expressou seu apoio pelo movimento “Esvazie os Tanques” e pela determinação de Rachel em mobilizar os cidadãos que têm compaixão em todo o mundo. “‘Esvazie os Tanques’ é um empreendimento ambicioso de uma Guardiã da Enseada da Sea Shepherd que vem chamar a atenção internacional para a crueldade e o perigo da indústria de golfinhos e baleias em cativeiro. Se parques aquáticos, como o Sea World, tomarem a iniciativa e se voltarem para a observação de baleias e golfinhos, semelhante ao que o Aquário Nacional, em Baltimore, tem feito, iria mostrar uma tremenda responsabilidade corporativa em seu extremo. No entanto, eu acho que vai levar uma grande quantidade de tempo, clamor público e perseverança, antes que esse dia chegue.”

Enquanto a Sea Shepherd é mais conhecida por sua ação direta nos mares abertos, ela também mantém várias campanhas de conscientização pública e de educação, realizados em terra, a fim de afetar mudanças onde as intervenções não podem ser possíveis de outra forma. Um bom exemplo disso é a quarta campanha anual Guardião da Enseada, em Taiji, no Japão – o marco zero para a indústria de cativeiro de  golfinhos e comércio internacional de baleias pequenas. Depois de ser a primeira organização a expor com sucesso o comércio sangrento de golfinhos para o mundo, em 2003, a campanha Guardiões da Enseada da Sea Shepherd pretende continuar levando o foco e atenção da mídia para este negócio antiético, muito tempo depois do burburinho inicial ter começado.

“A maioria das pessoas está tão encantada com baleias e golfinhos e com a chance de vê-los de perto que não param para perceber que o seu bilhete de entrada para um parque aquático tem um efeito direto sobre o derramamento de sangue em Taiji”, disse Rachel Greenhalgh.

Traduzido por Raquel Soldera, voluntária do Instituto Sea Shepherd Brasil