Domingo, 9 de janeiro de 2011.
Oceano Antártico – “Ativistas jogaram pelo menos duas granadas de luz e uma de fumaça contra o YS2”. A acusação do navio japonês caçador de baleias Yushin Maru Nº2 contra o navio da Sea Shepherd Conservation Society, Bob Baker, de atacá-los com granadas de luz é completamente falsa. A Sea Shepherd não tem em posse no navio qualquer tipo de granada de luz ou armas desse tipo.
Granadas de luz foram usadas em 2008 pela Guarda Costeira japonesa contra a tripulação do navio da Sea Shepherd, mas foi deixado bem claro que não temos e não teremos esse tipo de arma ou qualquer outra arma em nossos navios. No entanto, a tripulação dos navios da Sea Shepherd realmente atacou o navio japonês com bombas de fedor e de fumaça durante essa batalha, com o intuito de despistar o Yusshin Maru Nº2 do navio ambientalista. A Sea Shepherd vê isso como uma tentativa dos navios japoneses para provocar, e assim deter os nossos navios.
Devido a essa perseguição dos navios arpoadores da frota baleeira ao Steve Irwin e ao Bob Baker, fica cada vez mais difícil alcançarmos o principal navio da frota, o Nisshin Maru. No entanto, enquanto esses navios estão nos perseguindo, nós estamos os impedindo de caçarem baleias. Enquanto isso, o navio mais veloz da frota da ONG, o Gojira, continua tentando encontrar o navio baleeiro Nisshin Maru.
A tentativa de tirar o Yusshin Maru Nº2 da cola do Bob Baker inicialmente foi um sucesso, porém o pequeno Zodiac, que foi usado para desacelerar o navio baleeiro, teve que enfrentar aproximadamente 80 milhas em mar aberto para retornar ao Bob Baker, o que resultou em um problema mecânico no pequeno barco, e por causa disso o Bob Baker foi obrigado a voltar para resgatar a tripulação do Zodiac, garantindo assim a segurança da tripulação. Isso resultou no Yusshin Maru Nº2 achar novamente o Bob Baker, e irá continuar a segui-lo.
O Instituto de Pesquisa de Cetáceos (ICR) relatou que um dos pequenos botes do Bob Baker foi desativado devido à batalha que aconteceu entre ele e o navio baleeiro. Essa afirmação seria falsa. Um dos botes do Bob Baker realmente foi desativado, mas não devido à batalha, e sim devido à volta ao navio, onde encarou grandes ondas, e chegou a ceder, devido ao impacto.
“Nossa tripulação dos botes tem uma coragem incrível”, relatou o capitão Paul Watson do Steve Irwin. “Eles bravamente ficaram em uma grande distância do Bob Baker, enfrentando assim um frio congelante em barcos de proa aberta durante horas, e em águas cercadas de icebergs”.
Como de costume, o ICR relatou o confronto como um ataque da Sea Shepherd, porém observou que nenhum dano foi causado ao Yusshin Maru Nº2, e não houve feridos em nenhum dos lados.
Hoje marca o 11º dia em que a Sea Shepherd localizou a frota baleeira japonesa, mesmo antes deles começaram a matança dos cetáceos. Durante esse tempo, o Yusshin Maru Nº2 e o Yusshin Maru Nº3 foram impedidos de atirar qualquer arpão contra as baleias, e o Yusshin Maru Nº1 provavelmente deve estar junto ao Nisshin Maru, ambos fugindo para o ocidente. Um navio de pesca relatou ter visto os navios baleeiros ainda não encontrados no dia 9 de janeiro, e relatou à Sea Shepherd sua posição. Devido a distância que o Yusshin Maru percorreu durante esses 11 dias, eles devem estar a uma velocidade bastante alta, e levando em consideração que eles só possuem um arpão em sua posse, a chance deles terem caçado alguma baleia é bem baixa, e se houve a caça, foi mínima.
Durante a caça de baleias, os navios não podem estar em alta velocidade, pois isso torna a caça ineficiente, e caçar apenas com um arpão também é ineficiente, e ainda mais, caçar com três navios ambientalistas os perseguindo se torna ainda mais ineficiente,
Há ainda dois meses restantes, e a Sea Shepherd irá continuar a perseguir a frota baleeira japonesa até o final da temporada de caça às baleias, para assim assegurar que um número máximo de baleias sejam salvas.
Traduzido por Marcelo Gomide Silveira, voluntário do ISSB.