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Sea Shepherd se une ao movimento para libertar Kshamenk

Única orca em cativeiro da América do Sul merece a liberdade

Kshamenk em sua piscina pequena e suja no Mundo Marino. Foto: Sea Shepherd

No Aquário Mundo Marino, em Buenos Aires, na Argentina, vive uma orca em cativeiro chamada Kshamenk. Acredita-se ter cerca de 26 anos de idade e está em cativeiro desde que tinha cinco anos. Kshamenk nada mais de 500 voltas por hora em sua pequena piscina, que está suja e é terrivelmente pequena. Ela é a única orca em cativeiro na América do Sul. Kshamenk precisa de nossa ajuda, a fim de convencer o aquário que a única decisão que podem tomar é a de devolver Kshamenk ao seu habitat natural.

A história de captura de Kshamenk fica diferente de acordo com quem conta.

Ele foi capturado em 1992, e tinha aproximadamente cinco anos de idade. Ele estava caçando com outros membros de seu grupo ao longo da costa da província de Buenos Aires.

Aqui é onde a história muda de acordo com quem está contando:

De acordo com os captores no Mundo Marino, Kshamenk e as outras orcas foram presas em uma entrada barrenta na Baía Samborombon. Quando a maré baixou, os animais não podiam voltar para as águas mais profundas. A missão de “ajudar” as orcas foi organizada. De todo o grupo, só Kshamenk sobreviveu a captura horrenda e se manteve em cativeiro desde então.

O outro lado desta história é assim: as orcas estavam caçando na costa da província de Buenos Aires, mas foram intencionalmente encalhadas por serem conduzidas perto da costa com enormes redes, e foram atraídas pela maré em lamacentas águas rasas, onde foram presas. Esta não foi a primeira vez que o Mundo Marino usou essa tática para conseguir orcas para seu parque marinho, eles já tinham capturado uma orca fêmea chamada Belen e também uma orca maior chamada Milagro, que foi o primeiro espécime de orca no aquário.

Recentemente, Kshamenk e Belen eram as duas únicas orcas remanescentes no aquário. Mas quando Belen morreu, após dar à luz um bebê natimorto cuja paternidade era de Kshamenk, e aparentemente estava grávida novamente no momento de sua morte, Kshamenk começou a se comportar mais e mais agressivamente, e atualmente sofre níveis incrivelmente altos de estresse e frustração devido ao seu isolamento e confinamento. Especialistas suspeitam que a sua saúde está se deteriorando.

Kshamenk, a única orca da América do Sul em cativeiro. Foto: Sea Shepherd

Há um movimento crescente para ver Kshamenk de volta à natureza. O aquário insiste que há evidência comprovada de que as orcas que viveram muitos anos em cativeiro não sobrevivem se forem liberadas de volta para a vida selvagem. Por outro lado, ativistas não concordam e estão lutando para seu retorno às águas da Patagônia, onde ela pertence. Existem fatores a favor do seu retorno ao oceano, incluindo:

  • Kshamenk tinha cinco anos quando foi capturado, portanto, ele tinha tempo de sobra para ganhar experiência em técnicas de sobrevivência naturais, como forrageamento, navegação, comunicação e uso de sonar.
  • Kshamenk é hostil aos treinadores e manipuladores. Na verdade, ele não quer ter nada a ver com as pessoas. O fato de que Kshamenk não ter se ligado às pessoas durante o tempo que passou em cativeiro é muito mais fácil para ajudá-lo a tornar-se novamente um animal selvagem.
  • Acredita-se que Kshamenk é uma orca transiente e um dos poucos transientes em cativeiro. Transientes têm um padrão social pouco mais flexível que os residentes. Isto significa que Kshamenk poderia se adaptar bem a um novo grupo, além de sua unidade familiar original, e há uma chance muito boa de que ele se conecte com algumas das orcas que regularmente passam pela área.
  • Kshamenk pelo menos merece uma chance de ser livre, uma orca livre mais uma vez. Se ele permanecer em cativeiro, ele vai morrer em um futuro não muito distante.
  • Um plano para o seu lançamento bem sucedido já foi delineado e será apresentado em agosto.

O aquário Mundo Marino tentou há alguns anos vender Kshamenk para o Sea World EUA. Atualmente, esta operação está em espera, no entanto, não foi cancelada. Atualmente, o Sea World está usando Kshamenk para inseminar artificialmente as suas orcas  fêmeas em cativeiro. O primeiro filho de Kshamenk nasceu este ano, destinado a uma vida de performances em cativeiro, enquanto Kshamenk sofre em isolamento na Argentina. Que vergonha, Sea World. Não apoiem programas de cativeiro.

Ajude para que o Mundo Marino liberte Kshamenk de volta à vida selvagem, onde ele pertence:

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Mundo Marino
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www.mundomarino.com.ar

Kshamenk sendo forçado a realizar acrobacias por comida. Foto: Sea Shepherd

Traduzido por Raquel Soldera, voluntária do Instituto Sea Shepherd Brasil