Morte nas Ilhas Ferozes: Sea Shepherd sob escolta da marinha Dinamarquesa
O que pode ser mais horrível do que o assassinato sem sentido e cruel de lindos e inteligentes golfinhos em Taiji, Japão?
O filme The Cove, vencedor do prêmio da academia, trouxe a atenção internacional para a sangrenta carnificina de golfinhos, gritando em piscinas de seu próprio sangue enquanto os japoneses os fincavam com lanças nas profundezas da enseada.
O que pode ser mais obscenamente monstruoso do que o lamentável grito de golfinhos assassinados sem pena por dinheiro?
Há algo ainda pior, muito mais cruel e desperdiçador, e acontece na Europa.
O navio secreto da Sea Shepherd Conservation Society, o Golfo Azzurro, está no momento sendo escoltado pela marinha Dinamarquesa depois de um mês de operações secretas de fiscalização no Protetorado Dinamarquês das Ilhas Faroé.
É nessas ilhas, entre a Escócia e a Islândia, que o assassinato de populações inteiras de baleias pilotos acontece. Não por lucro, mas por que é considerado pelos nativos das ilhas divertido matá-las.
Eles comem um pouco da carne, mas ela é tão contaminada com mercúrio que as crianças das ilhas têm níveis de mercúrio em seu corpo mais altos que qualquer outra pessoa no planeta. Mas a grande maioria das baleias são mortas e despejadas no oceano, e a Sea Shepherd foi capaz de assegurar evidencias deste desperdício.
As imagens são um verdadeiro pesadelo, com fetos sendo tirados dos corpos de suas mães, corpos mutilados com clavas, facas e lanças enquanto os nativos levam as indefesas baleias para as praias rochosas e matam todas, exterminando populações inteiras.

Policiais dinamarqueses no Golfo Azurro
Em Taiji, experientes pescadores fazem a matança, mas em Faroé, até as crianças são encorajadas por adultos para fincarem e cortarem as baleias até a morte; muitos desses homens estão bêbados e rindo, no que eles consideram ser uma tradicional festa de assassinatos.
A matança é uma violação da Convenção de Berne da qual a Dinamarca é uma signatária, mas a Dinamarca reivindica que os habitantes de Faroé não estão sujeitos à lei como um protetorado apesar de receberem todos os benefícios da União Européia.
A Sea Shepherd, em uma parceria com a Fundação Brigitte Bardot, trabalhou mais cedo esse ano com uma operação secreta em solo e continua a trabalhar no mar a bordo do Golfo Azzurro para expor a matança e investigar maneiras de defender as baleias piloto dos viciosos e letais assaltos pelos nativos das ilhas Faroé.
Nesta terça-feira, 17, o abrigo do Golfo Azzurro foi comprometido, e o navio foi embarcado e vasculhado pela policia. A embarcação foi liberada, pois nenhuma lei foi quebrada, e está agora sendo escoltada pela marinha Dinamarquesa.
Os membros da tripulação da Sea Shepherd continuam a sua patrulha, mas dessa vez sob os olhos e armas da marinha Dinamarquesa.
Traduzido por Tomaz Horn, voluntário do ISSB