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Operação Musashi esquenta a temporada Antártica da caça às baleias

A polícia japonesa emitiu uma ordem internacional de prisão contra três tripulantes da Sea Shepherd que participaram da Campanha em Defesa das Baleias da Sea Shepherd, Operação Leviatã, em dezembro de 2006 a fevereiro de 2007.

Foram emitidas autorizações para Jon Batchelor e Dr. Ralph Koo dos E.U.A. e Daniel Bebawi do Reino Unido.

“O motivo por qual a polícia japonesa esta indo atrás de três tripulantes relativamente secundários é um mistério,” disse Capitão Paul Watson. “Como capitão, todos os tripulantes da Sea Shepherd agem conforme minhas ordens. Todas as atividades que opõem as ações ilegais da frota baleeira japonesa são de minha responsabilidade, contudo nenhuma ordem foi emitida contra mim. Isto é um absurdo e não faz sentido algum.”

As ordens de prisão aparentemente surgiram de um incidente onde um navio baleeiro japonês, Keiko Maru bateu no navio da Sea Shepherd o Robert Hunter. O Abalroamento foi investigado pela polícia Federal australiana.

A evidência forense demonstrou que foi o Keiko Maru que abalroou o Robert Hunter. A viga de apoio vertical da proa do Robert Hunter estava envergada para frente e isso significa que a força veio por trás. Se o Robert Hunter tivesse batido no Keiko Maru as vigas de apoio teriam sido envergadas para trás.

A Sea Shepherd Conservation Society pretende retornar ao Santuário Antártico das Baleias para sua quinta campanha em dezembro de 2008 e retomar as ações de anti-baleeiras que efetivamente impediram os baleeiros de levar sua cota integral durante os últimos dois anos.

A Campanha em Defesa das Baleias deste ano é chamada de Operação Musashi em honra do legendário estrategista japonês Miyamoto Musashi.

“A ordem de prisão contra estes três homens não terá absolutamente nenhum impacto na campanha,” disse Capitão Watson. “Nós retornaremos ao Santuário Antártico das Baleias e retomaremos nossa campanha de intervenção contra as atividades ilegais da frota baleeira japonesa. Nós não seremos intimidados, nós não nos retiraremos e nós nunca renderemos as vidas destas baleias indefesas aos baleeiros bandidos do Japão.”

A ordem de prisão emitida pelos japoneses pelos três voluntários da Sea Shepherd segue a ordem de prisão que a Sea Shepherd emitiu semana passada pela frota baleeira japonesa.

“Até agora isto parece ser um duelo de ordens de prisão,” disse Capitão Watson. “Em dezembro será colocado de lado esta retórica ridícula e nós vamos nos bater de frente com os assassinos de baleias usando novas táticas, estratégias e dois navios contra a frota baleeira pirata da morte. Os baleeiros estão ficando desesperados.”

O Japão está buscando autorizações da Interpol para os três homens. A Interpol pode recusar de enviar um alerta se é visto como politicamente motivado, de acordo com o web site da agência policial.

“Não há nenhuma dúvida que isto é politicamente motivado,” disse Watson. “A Sea Shepherd Conservation Society não está protestando contra baleeiros, nós estamos opondo uma caça ilegal às baleias conforme os princípios da Carta Mundial da Natureza da ONU. Se nossas atividades são ilegais então que a ordem de prisão seja enviada para mim, e não para três voluntários.”

Reivindicações japonesas que a Sea Shepherd jogou ácido no convés de suas embarcações baleeiras é uma distorção e exagero da verdade. O que foi lançado foi manteiga podre, o que é definido quimicamente como ácido butírico o mesmo modo que suco de laranja é definido como ácido cítrico. Não é tóxico, não é prejudicial, simplesmente fede muito mal. Ou seja, é uma bomba de fedor. Usando a mesma tática em 2008, os japoneses retaliaram com balas de verdade e granadas de choque. O Capitão Watson foi baleado no tórax com uma bala em março de 2008 e foi salvo graças a um colete a prova de balas que usava. O incidente foi totalmente documentado pela equipe de documentários da Animal Planet que estava abordo.

As ações da Sea Shepherd Conservation Society são legais e não violentas. Em mais de três décadas de operações, a Sociedade nunca feriu uma única pessoa e nenhum tripulante jamais foi condenado por qualquer crime violento.

“Nós somos os policiais dos mares e nosso objetivo são os criminosos que ilegalmente saqueiam os oceanos de vida em violação de leis internacionais. Se a polícia japonesa tiver sucesso em prender quaisquer destes três homens, nós usaremos os tribunais como um foro e focaremos atenção internacional nas atividades baleeiras ilegais do Japão,” disse Capitão Watson. “Aqui nós temos uma operação criminosa que recebe o apoio do governo japonês que toma mira em conservacionistas que tentam opor a morta ilegal de baleias. Tudo que eu posso dizer aos baleeiros japoneses é – veremos vocês cara a cara em dezembro no Oceano Antártico para um duelo em alto mar mais uma vez. Nós estaremos lá!”