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Vazamento de petróleo da frota baleeira é confirmado

Nas primeiras horas do dia 17 de fevereiro, enquanto o SSS Sam Simon perseguia o navio de propriedade sul-coreana Sun Laurel, o navio de abastecimento para a frota baleeira japonesa, a tripulação do Sam Simon percebeu o cheiro de óleo diesel proveniente do Sun Laurel, que estava mais de uma milha à frente.

O Capitão Luis Pinho enviou uma mensagem pelo rádio para o Sun Laurel, às 3:00 horas (horário australiano), cerca de 15 minutos após o Sun Laurel ter entrado em Território Antártico Australiano, informando-os de que eles cheiravam óleo diesel, podiam ver as manchas de combustível na esteira do Sun Laurel, que haviam coletado amostras de água, e que o Sun Laurel seria relatado para as autoridades.

No dia 17 de fevereiro, aproximadamente às 16:00 horas (horário australiano), o Sam Simon registrou uma transmissão de áudio entre o capitão e o contramestre do Sun Laurel – navio de reabastecimento da frota baleeira japonesa. Nesta gravação, o capitão do Sun Laurel refere-se ao derramamento de óleo que o Sam Simon tinha documentado e coletado amostras horas antes. O capitão do Sun Laurel disse ao seu contramestre para tomar cuidado cobrindo as mangueiras de reabastecimento, e que se o petróleo caiu na água seria um “grande problema”, já que o Sam Simon flagrou o vazamento de combustível do Sun Laurel atrás deles naquela manhã.

A Sea Shepherd Austrália acredita que esta transmissão é mais uma prova do derrame de petróleo pelo Sun Laurel em águas cristalinas da Antártida, e relatou o incidente à Associação Austráliana de Segurança Marítima (AMSA).

O Sun Laurel está em violação direta do direito internacional. A Convenção de Marpol, Regulamento 15, Subparte B, Descarga em Áreas Especiais, ponto 4, diz: “No que diz respeito à área da Antártica, qualquer descarga de combustível no mar ou de misturas oleosas de qualquer navio deve ser proibida”. Além disso, o Sun Laurel não emitiu uma declaração sobre seu derrame para Associação Austráliana de Segurança Marítima (AMSA), o que os coloca em violação do Regulamento de comunicação de acidentes da Convenção de Marpol. A Marpol 73/78 é a Convenção da Organização Marítima Internacional para a Prevenção da Poluição por Navios, à qual todos os navios marítimos estão vinculados.

17 de fevereiro de 2013 – transmissão de rádio interceptada confirma derrame de petróleo pela frota baleeira 

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Traduzido por Raquel Soldera, voluntária do Instituto Sea Shepherd Brasil