Editorial

Indagação de outubro

Comentário pelo Capitão Paul Watson

Foi mais uma semana interessante. A Sea Shepherd tem estado ocupada, como de costume, em cinco continentes, e como sempre, onde a Sea Shepherd vai, a polêmica segue.

Podemos começar com a Costa Rica, onde a presidente Chinchilla fez um grande teatro sobre como salvar os tubarões. Ela anunciou que a remoção das barbatanas de tubarão é agora ilegal. Na verdade, ela anunciou que era ilegal a remoção de barbatanas de tubarão no ano passado, embora aparentemente ninguém tenha notado, certamente não os finners de tubarão. Era simplesmente um negócio como de costume, e continua a ser um negócio como de costume. Nada mudou. Barbatanas de tubarão continuam a ser importadas da Nicarágua na Costa Rica, e a Costa Rica exportou cerca de 30 toneladas de barbatanas de tubarão para a China no ano passado, e o importador e o exportador continuam. Caçadores furtivos continuam a assaltar o Patrimônio Mundial das Ilhas Coco, prejudicados por prisões simbólicas, mais prováveis ​​aos caçadores furtivos, que negligenciam a pagar suas propinas. Nem a Sea Shepherd nem a mídia da Costa Rica foram enganados, e nossa observação de que era tudo ilusão da presidente foi amplamente divulgada dentro e fora da Costa Rica.

A polícia japonesa arrastou todos os 13 Guardiões da Enseada e interrogou cada um por nove horas sem haver nenhuma acusação. Eles foram finalmente libertados, mas a polícia confiscou todos os seus laptops, celulares e câmeras. É um sistema de justiça estranho no Japão onde a propriedade pode ser confiscada e as pessoas interrogadas, sem quaisquer acusações estabelecidas. O Japão está ficando cada vez mais desesperado em sua defesa bizarra dos açougueiros de golfinhos de Taiji, um lugar onde a lei está ao lado dos assassinos e persegue aqueles que defendem a vida.

Entretanto, no Japão, o escândalo está ampliando, com mais meios de comunicação japoneses que investigam o desvio de recursos do Fundo de Ajuda do Tsunami e a alocação de US$ 30 milhões de dólares do Fundo de Socorro para perseguir a Sea Shepherd e eu.

Na Colúmbia Britânica, a batalha continua com as barbatanas de tubarão proibidas pelos municípios, e um por um, eles estão cumprindo com o pedido para proteger os tubarões. O mais resistente é Richmond, onde o argumento frágil de racismo está sendo usado para defender a matança dos tubarões.

Na Austrália, a Sea Shepherd continua a se opor aos planos de desenvolvimento para uma instalação de gás exportadora de Kimberly e os navios da Sea Shepherd, Steve Irwin e Bob Barker estão sendo preparados para a partida do próximo mês para a Operação Tolerância Zero. O Sam Simon também está sendo preparado para a campanha em um local não revelado.

Também continuo em um local não revelado, trabalhando nos preparativos para a campanha, e alguns projetos de livros.

O Brigitte Bardot está completando os reparos em Honolulu, e estará pronto a tempo para a Operação Tolerância Zero.

Temos campanhas em andamento em Galápagos, Brasil, Namíbia, Europa, Costa Rica e Ilha La Reunion. As equipes de voluntários da Sea Shepherd em terra estão trabalhando duro para alcançar nossos objetivos de custo de campanha, para pagar o combustível e equipamentos que precisamos para a nona campanha anual para encerrar as operações baleeiras japonesas ilegais.

Nas próximas semanas a mídia americana vai estar saturada com a cobertura das eleições. Infelizmente, nada disso é relevante para a conservação dos oceanos. Os oceanos, como o meio ambiente, não são sequer discutidos pelos democratas ou republicanos.

Quando nossos críticos perguntam-nos por que intervir, a resposta é simplesmente que agimos quando outro não age. Qual é o objetivo de ter leis de conservação que não são aplicadas? Qual é o objetivo de políticos como a presidente Chinchilla fazer uma sessão de fotos com Richard Branson, quando ela não tem absolutamente nenhuma intenção de proteger os tubarões?

Nós fazemos o que fazemos porque tem que ser feito, e políticos em todo o mundo parecem se especializar em fazer muito pouco. E fazemos isso sem prejudicar as pessoas. Nós simplesmente nos opomos à intenções criminosas de violação da lei internacional de conservação, com suas atividades destrutivas de exploração de espécies ameaçadas de extinção e voltadas para o lucro.

Às vésperas da nossa próxima campanha no Oceano Sul, gostaria de expressar minha gratidão e apreço a toda a tripulação, em todos os quatro navios, e para as centenas de voluntários em terra que fazem o possível para que possamos realizar o nosso trabalho de defender e proteger a vida nos oceanos.

Juntos, estamos salvando vidas e protegendo a biodiversidade nos oceanos.

Traduzido por Raquel Soldera, voluntária do Instituto Sea Shepherd Brasil