World Clean Up Day 2018 – São Paulo, Brasil
Ilhabela/SP – O dia foi de somar esforços, um dia para chamar atenção para os detritos marinhos e o quanto somos responsáveis pela poluição em nossos mares, praias e rios. O envolvimento é importante, mas o mais importante são as atitudes que precisam estar alinhadas com o discurso e praticá-las no dia a dia. Muito há o que se fazer para que entendamos que as nossas más atitudes geram péssimas consequências. Então, o Dia Mundial de Limpeza de Rios e Praias 2018 não serviu apenas para a retirada do lixo de nossas praias mas também para levar conscientização e educação ambiental para quem participa, age, observa ou só simpatiza.
Não é a primeira vez que o Sea Shepherd Brasil faz a operação de limpeza submarina no Yatch Clube de Ilhabela através do idealizador do Projeto Baleia à Vista, Julio Cardoso. A infraestrutura do clube deu suporte aos mergulhadores e equipe para que a ação fosse um sucesso. No auditório os organizadores fizeram a prelação da atividade de mergulho do dia bem como as apresentações da equipe e cuidados necessários para a ação.
Após a preleção da ação no auditório as equipes formadas foram para o flutuante para dar início aos trabalhos. Foram 12 mergulhadores que retiraram do fundo marinho mais de 150 quilos de detritos. Entre eles havia restos de embarcações, canos de borracha e pvc, pneus, latas de alumínio, garrafas pet, roupas, petrechos e redes de pesca, micro lixo e muito mais.
O local de mergulho foi o píer do Yatch Clube e Pescadores da Praia de Santa Tereza. O píer de uso conjugado aloja lixo de ambos os lados.
O flutuante como principal local que recebeu os detritos marinhos, houve a separação, contagem e peso do lixo. Ainda, os animais alojados no lixo foram resgatados e devolvidos ao mar.
Foram mais de 25 pessoas envolvidas nesta ação, que retiraram do mar e coletaram os dados no seco de 22 quilos de pneu, 10 quilos de ferro, 10 quilos de corda, 7 quilos de mangueira, 12 quilos de rede de pesca, 10 quilos de material para reciclagem e muito mais. Entre todo este lixo foi possível resgatar pequenos animais que se alojaram no lixo, são eles: micro crustáceos, ofiuros, poliquetas, berbigões, algas, ouriço-do-mar, ermitões, entre outros. Nos mergulhos, com a profundidade de 0 a 8 metros, foi possível identificar espécies de peixes que vivem associadas ao lixo. Observamos peixe-borboleta-listrado, marimbá, cocoroca, xaréu, pargo, jaguareçá, raia-prego, frade juvenil, moreia pintada.
Ao final de toda a operação foi possível retirar uma pequena parte de todo o lixo que jogamos no mar, salvamos vários animais e ainda contemplamos no mergulho espécies que vivem associadas ao lixo. Nossos especiais agradecimentos a toda equipe de mergulho e aos especialistas marinhos da Sea Shepherd Brasil, a toda equipe do Yatch Clube, à Marinha do Brasil, ao Corpo de Bombeiros, Mar e Vida Ecotrip, Colonial Diver, Máfia do Mergulho, ao Projeto Baleia à Vista na pessoa do Julio Cardoso e Arlaine Francisco, fotógrafa Aline Basse/Balaio, como também a todos que compareceram neste dia memorável em defesa da vida marinha.