Sea Shepherd em parceria com a nação de Kiribati para patrulhar as ilhas Phoenix
Protegendo os tubarões no Pacífico Sul
Depois de passar quase dois meses no Pacífico Sul, em sua mais recente campanha de proteção aos tubarões, a Operação Requiem, trabalhando em várias nações insulares na proteção do meio marinho, realizando a divulgação, educação e fazendo parcerias, a Sea Shepherd concluiu a etapa final da campanha fazendo o que a tornou mais conhecida: agindo.
Pela primeira ação de colaboração deste tipo no Pacífico Sul, a Sea Shepherd se sente honrada pela parceria com a nação de Kiribati para combater a pesca ilegal e reverter o declínio da população de tubarões em na Área Protegida das Ilhas Phoenix (PIPA). Trabalhando com o Ministério das Pescas, a Polícia Marítima e a Diretoria da Área Protegida das Ilhas Phoenix, a Sea Shepherd enviou seu navio, o MV Brigitte Bardot, e uma tripulação de 10 voluntários para ajudar na vigilância e execução da Área Protegida das Ilhas Phoenix, uma das maiores áreas marinhas protegidas do mundo, que abrangem mais de 107.000 milhas quadradas.
“Estamos trabalhando de forma colaborativa e com sucesso com o governo do Equador por anos em Galápagos protegendo os tubarões e detendo a pesca ilegal – queria fazer o mesmo no sul do Pacífico. A Área Protegida das Ilhas Phoenix, outro patrimônio mundial, foi o lugar perfeito e o governo de Kiribati, com visão de futuro, concordou”, disse Julie Andersen, líder da Operação Requiem e diretora da campanhas em proteção ao tubarão para a Sea Shepherd.
As ações naturalmente caem sobre os ombros dos governos, muitas vezes com poucos recursos e sobrealocados. Este é o ponto onde a Sea Shepherd pode e ajuda – tanto financeiramente e logisticamente – com os recentes esforços totalmente financiados pela Sea Shepherd.
“Nós realmente apreciamos o apoio generoso da Sea Shepherd no patrulhamento das águas da Área Protegida das Ilhas Phoenix. A presença de sua embarcação na área e fazendo verificações em diversos navios de pesca, sem dúvida, tem dissuadido pesca ilegal nas águas da área protegida”, disse Tukabu Teroroko, diretor da Área Protegida das Ilhas Phoenix.
Com o SPC Ieakana Tiban, um veterano de 10 anos de experiência da Unidade Marítima da Polícia de Kiribati a bordo do Brigitte Bardot, a equipe realizou a primeira patrulha na área ao longo dos últimas semanas. Graças ao sistema de localização dos navios por satélite (VMS), coordenadas fornecidas pela polícia de Kiribati e mais de 500 embarcações de todo o mundo legalmente permitidas para pescar dentro da área, a equipe teve seu trabalho facilitado. Abrangendo cerca de 2000 milhas, eles pararam, abordaram e inspecionaram longos navios com potencial de levar a uma tonelagem bruta combinada de mais de 7.200. Ao fazer isso, a Sea Shepherd tem provado que tem os recursos e experiência, ao contrário de outras organizações de conservação que estão dispostas a se colocar à disposição das nações do Pacífico Sul.
John Mote, Comandante da Polícia Marítima de Kiribati, concordou: “Nós elogiamos a Sea Shepherd por apoiar os esforços de aplicação da Área Protegida das Ilhas Phoenix. A Sea Shepherd tem sido extremamente profissional e colaborativa, e estamos ansiosos para expandir este programa no futuro”.
Existem várias áreas em todo o mundo que necessitam de assistência, mas o Pacífico Sul tornou-se um foco importante para a Sea Shepherd devido às populações de tubarões restantes, liderança progressiva, significado cultural e a confiança dos oceanos para subsistência econômica. A Sea Shepherd está pronta para trabalhar com outros governos e agências locais para proteger suas águas, como temos feito em Kiribati e nas Ilhas Galápagos. Ofertas similares têm sido feitas para outros países do Pacífico Sul e da região, e a questão continuará a ser um foco de longo prazo para a Sea Shepherd.
Andersen acrescentou: “Não só temos realizado algumas ações críticas em nossas patrulhas, temos ilustrado que buscamos colaboração, e não confronto, com as nações insulares do Pacífico Sul. A última coisa que queremos é sabotar esforços de conservação governamentais legítimos; o que for ilegal, não regulamentado e de desperdício é o nosso foco, dos quais as comunidades locais são atingidas. Nossas intenções são genuínas, e de suporte à liderança do Pacífico Sul, de cultura e de economia, junto com seus ecossistemas marinhos e, claro, um de seus moradores mais críticos – os tubarões”.
Traduzido por Raquel Soldera, voluntária do Instituto Sea Shepherd Brasil