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Sea Shepherd Brasil realiza cine-debate do filme “A Enseada” com professores e alunos do Colégio Pedro II

No dia 21 de Outubro, o Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, foi palco da 7a Jornada do Meio Ambiente para os alunos do curso técnico de Meio Ambiente, e para abrir o evento, o Instituto Sea Shepherd Brasil (ISSB) foi chamado para participar com a realização de um cine-debate com o filme “A Enseada”, ganhador do Oscar de melhor documentário em 2010.

Abertura do evento: Diretoria e Professores. Foto: ISSB

Panorâmica do cine-debate. Foto: ISSB

O filme apresenta a cruel matança anual de golfinhos na cidade de Taiji, no Japão e a inegável ligação da indústria de entretenimento  e o cativeiro destes animais em parques marinhos e resorts pelo mundo. Além disso, a contaminação da carne de golfinho com mercúrio e outros metais pesados também é abordada, assim como as consequências que o consumo dela pode trazer.

Filme “A Enseada” Foto ISSB

Filme “A Enseada” Foto ISSB

Após a exibição, a plateia de professores e futuros técnicos do meio ambiente pôde tirar dúvidas sobre o tema com nossa equipe presente: o Diretor Regional, Luiz André Albuquerque, o voluntário Guilherme Pirá, que fez parte das operações Paciência Infinita, em Taiji, e Grindstop 2014, nas Ilhas Faroé, além do professor e educador ambiental Ed Bastos.

Luiz Albuquerque apresentando o trabalho da organização. Foto: ISSB

Guilherme Pirá esclarecendo o trabalho dos Cove Guardians em Taiji. Foto: ISSB

Dentre os temas discutidos, o panorama atual da matança, a eficácia das estratégias da Operação Paciência Infinita em defesa dos golfinhos em Taiji e os problemas que os oceanos enfrentariam com a extinção de algumas espécies, foram os que mais tiveram atenção. Depois do filme, todos conseguiram entender melhor que a forma mais eficaz de acabar com a matança é boicotando a indústria de entretenimento com cetáceos em cativeiro, que coloca milhões de dólares nos bolsos dos caçadores de golfinhos para continuarem sua covarde procura por animais nos oceanos, disfarçando essa prática de “tradição e cultura”.

Além disso, houve espaço para apresentar a atuação da Sea Shepherd em outras operações ao redor do mundo, como na Antártica para proteger baleias; no Canadá, na Namíbia e no Reino Unido para proteger focas; no Mediterrâneo para proteger atum; na Austrália para proteger tubarões; nas Ilhas Faroé para proteger golfinhos e baleias piloto; na Alemanha para proteger aves marinhas; na Costa Rica para proteger tartarugas; em Galápagos, no Senegal e na Itália contra pesca ilegal e no Brasil através de ações diretas contra a pesca ilegal, o turismo irregular de observação de baleias – franca embarcado, a capacitação através do curso de resgate de animais e educação ambiental, notadamente contra os impactos do lixo marinho.

Ed Bastos abordando os impactos do lixo no ambiente marinho. Foto: ISSB

Felizmente, o público pareceu bastante preocupado com a questão da poluição dos oceanos e do uso de plástico, que vêm sendo ignorada há anos. A Sea Shepherd tem investido, cada vez mais, em recursos, pesquisas, parcerias e operações para lutar contra esse mal, como é o caso da mais nova embarcação a fazer parte de nossa frota, o R/V Martin Sheen, com o foco em pesquisa e parcerias com a Ocean Alliance na Operação Golfo Tóxico; com a Bionic Yarn e Parley For the Oceans para a retirada de plástico dos oceanos e transformá-los em um tecido de alta qualidade para o mercado da moda; e com o BG 500 em operações de limpeza e resgate de fauna, na Praia da Urca, no Rio de Janeiro.

Diretoria do Colégio Pedro II e voluntários do Núcleo RJ. Foto: ISSB

Platéia atenta ao debate . Foto: ISSB

Gostaríamos de agradecer a diretoria do Colégio Pedro II e a professora Mônica Belchior pelo convite e pela iniciativa de formar bons cidadãos do mundo. Ficamos muito felizes em ver que o debate foi encerrado com muitos aplausos e interesse dos alunos em fazer parte da nossa equipe de voluntários. Ao final do filme, todos estavam cientes de que “se os oceanos morrerem, nós morremos”.