Por Luiz André Albuquerque, Diretor Regional Voluntário do Instituto Sea Shepherd Brasil – Núcleo Rio de Janeiro
Fotos: Gisele Pontes, voluntária do Núcleo RJ
Sábado, dia 07 de julho, voluntários do Núcleo Carioca capacitados no Curso de Ações para Salvar Animais Marinhos em Derrames de Petróleo, ministrado pelo Instituto Sea Shepherd Brasil, realizaram no Arpoador e na praia de Ipanema, uma ação de conscientização, visando orientar a população acerca de como se comportar em relação aos pinguins que estão chegando em grande quantidade nas praias do Rio de Janeiro.
Panfletos com o título “Como ajudar um pinguim durante a temporada de migração?”, contendo orientações básicas de auxílio, foram distribuídos principalmente aos banhistas.
Os últimos relatos informam que mais de 300 pinguins já chegaram nas diversas praias do Estado do Rio de Janeiro. Somente a faculdade de veterinária de uma universidade, localizada na zona oeste da cidade, já recebeu mais de 130 pinguins nas últimas duas semanas.
No momento da ação, alguns pinguins-de-magalhães (Spheniscus magellanicus) nadavam próximos à areia e a grande maioria dos banhistas já tinha visto estes animais ao longo dos últimos dias. Foi verificado que a grande dúvida era se realmente o pinguim deveria ser colocado no gelo e as pessoas se surpreendiam quando os voluntários informavam que deveriam ser aquecidos, em caso de necessidade.
“Tivemos um grande apoio dos banhistas, que buscavam informações de como proceder, caso encontrassem pinguins na praia”, disse Josiane Balland, voluntária do núcleo carioca.
“Fato de triste constatação é a absoluta falta de informação para a população sobre os órgãos públicos e as entidades privadas que realizam o resgate e a reabilitação dos pinguins. Tentei por longo tempo sem obter êxito, contatar uma entidade onde pudesse entregar um pinguim, para caso houvesse urgência de resgatá-lo.”, disse Luiz André Albuquerque, Diretor Regional do Núcleo RJ.
O Instituto Sea Shepherd Brasil alerta que os pinguins somente devem ser resgatados, caso se encontrem debilitados ou com sinais de petróleo em seu corpo. E nossa posição é de que após o devido tratamento e reabilitação, os pinguins sejam novamente devolvidos à natureza e não condenados a viverem confinados os restos das suas vidas em um zoológico ou aquário, como acontece em muitos dos casos.