Os EUA, a Austrália, a Nova Zelândia e a Holanda manifestaram terça-feira a sua deceção após a retomada pelo Japão da caça à baleia, condenando, porém, qualquer ato e violência por parte dos defensores do ambiente.
“Continuamos a opor-nos veemente à caça à baleia, incluindo à alegada caça ‘científica'”, afirmam os quatro países numa declaração conjunta, em que se dizem “decepcionados pela recente saída da frota baleeira japonesa” para a pesca.
“Continuaremos a lutar por esta causa”, acrescenta o comunicado publicado pelo Departamento de Estado norte-americano, reafirmando o compromisso dos quatro países em impor uma “moratória internacional da pesca da baleia”.
A mesma nota salienta que os “governos australiano, holandês, neozelandês e americano condenam unanimemente qualquer ação que coloque em perigo a vida humana no oceano Ártico”.
“Estamos muito preocupados com a ideia de que os confrontos no oceano Ártico possam causar ferimentos ou a morte de pescadores e manifestantes, cuja maioria é originária dos nossos países”, acrescentam os quatro governos.
O Japão organiza campanhas de caça à baleia em nome da “pesquisa científica”, já que a Comissão Internacional da Baleia (CIB) proíbe desde 1986 a pesca da baleia para fins comerciais.
Mas os países protetores das baleias e os defensores do ambiente denunciam aquela prática como uma caça comercial disfarçada.
Há vários anos que os pescadores de baleia japoneses têm visto a sua atividade perturbada nas águas do Ártico por ativistas da associação ecológica americana Sea Shepherd.
Fonte: RTP