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Eike desiste de construir estaleiro em SC e vê sua termoelétrica proibida no Chile


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Operação Biguasujo Não! reúne população contra estaleiro da OSX na baía norte de Florianópolis

Com informações da www.portogente.com.br

O empresário Eike Batista não esperou o novo parecer técnico que está sendo gestado no ICMBio de Brasília para a liberação

ou não do seu estaleiro em Biguacu, uma cidade em Santa Catarina. Nesta terça-feira (16), para surpresa de muitos, a OSX Brasil anunciou, na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), “fato relevante” para informar que vai instalar o seu estaleiro no Estado do Rio de Janeiro.

A decisão empresarial veio um dia após a outra derrota do grupo EBX, mas desta vez no Chile. A Corte Suprema chilena reafirmou decisão contra a instalação da termoelétrica Castilla em Copiapó por considerá-la prejudicial ao meio ambiente.

O movimento ambiental e comunitário, mobilizado contra o estaleiro comemora a decisão da OSX com cautela. Hugo Malagoli, da Sea Shepherd, declarou que “é uma vitória que sinceramente não era esperada, devido aos grandes poderes envolvidos, como a classe empresarial e política que, cegos pela ganância, abertamente defendiam o empreendimento no local escolhido, mesmo sabendo de todos os problemas que ele traria para a região. Como ambientalista, sei que nossas vitórias são medidas em minutos e centímetros e se conseguirmos parar a destruição por uma semana ficaremos satisfeitos porque sabemos que a luta pela preservação ambiental, num país como o nosso que tem tantos problemas sociais, é muito difícil”.

A assessoria de imprensa do ICMBio anunciou para 15 de dezembro o novo prazo para apresentação do parecer técnico. O movimento ambientalista continua a pressão sobre o presidente do ICMBio, Rômulo Mello, para que anuncie a decisão do Instituto. “A questão não se esgota na medida em que não houve posicionamento efetivo do ICMBio e é importante termos acesso a posição final, qualquer que seja ela”, avalia Eduardo Lima, advogado da ONG Montanha Viva e que falou sobre o assunto com o PortoGente.

VEJA:

Operação Biguasujo Não! reúne população contra estaleiro da OSX na baía norte de Florianópolis

Meio Ambiente

  • Santa Catarina

  • EBX anuncia empreendimentos imobiliários para substituir projeto do estaleiro OSX
    Texto publicado em 19 de Novembro de 2010 – 03h21
    Vera Gasparetto
    de Florianópolis/SC
    No último dia 16, o Grupo EBX protocolou nos órgãos ambientais envolvidos no licenciamento a desistênciada instalação do estaleiro OSX em Santa Catarina. A empresa informou à Fundação do Meio Ambiente (Fatma) e ao Instituto Chico Mendes para Conservação da Biodiversidade (ICMBio) a transferência do empreendimento para o Rio de Janeiro. O diretor de Sustentabilidade do Grupo EBX, Paulo Monteiro, confirmou que o grupo atuará em Santa Catarina no setor imobiliário com a empresa REX.

    * Movimentos populares se mobilizam contra estaleiro em Biguaçu
    * Especialistas questionam ocupação de litoral por grandes empreendimentos

    O movimento ambiental e comunitário, mobilizado contra o estaleiro comemora a decisão da OSX com cautela. Hugo Malagoli, da Sea Shepherd, declarou que “é uma vitória que sinceramente não era esperada, devido aos grandes poderes envolvidos, como a classe empresarial e política que, cegos pela ganância, abertamente defendiam o empreendimento no local escolhido, mesmo sabendo de todos os problemas que ele traria para a região. Como ambientalista, sei que nossas vitórias são medidas em minutos e centímetros e se conseguirmos parar a destruição por uma semana ficaremos satisfeitos porque sabemos que a luta pela preservação ambiental, num país como o nosso que tem tantos problemas sociais, é muito difícil”.

    A assessoria de imprensa do ICMBio anunciou para 15 de dezembro o novo prazo para apresentação do parecer técnico. O movimento ambientalista continua a pressão sobre o presidente do ICMBio, Rômulo Mello, para que anuncie a decisão do Instituto. “A questão não se esgota na medida em que não houve posicionamento efetivo do ICMBio e é importante termos acesso a posição final, qualquer que seja ela”, avalia Eduardo Lima, advogado da ONG Montanha Viva e que falou sobre o assunto com o PortoGente.