Capitão Paul Watson se reúne com Ministro das Relações Exteriores da Costa Rica
O Capitão Paul Watson e o Diretor de Investigações da Sea Shepherd, Scott West, fizeram no dia 24 de maio uma rápida viagem de trem a Stuttgard, na Alemanha, para se reunir com o Ministro das Relações Exteriores da Costa Rica, Enrique Castillo. “O encontro foi positivo e o Sr. Castillo estava muito aberto para encontrar uma solução tanto em relação à minha prisão quanto em relação à possibilidade de trabalhar com a Sea Shepherd para proteger os tubarões e a integridade da Reserva Marinha da Ilha de Cocos”.
A Sea Shepherd Conservation Society está trabalhando para transformar essa polêmica em algo positivo, em primeiro lugar focando a atenção mundial na horrível prática de remoção das barbatanas de tubarões (finning), e em segundo lugar em estender esforços na Costa Rica para ajudar os guardas florestais e a guarda costeira a colocar um fim à caça ilegal e ao finning. A Sea Shepherd fez um grande progresso nos últimos doze anos no Parque Nacional e Reserva Marinha de Galápagos, e gostaria de ter a oportunidade de ajudar a Costa Rica a proteger a Ilha de Cocos. Em 2001, a Sea Shepherd forneceu equipamentos e suprimentos aos guardas do Parque Nacional da Ilha de Cocos e naquele mesmo ano o Capitão Paul Watson apreendeu o barco equatoriano de pesca, San Jose, na reserva marinha. Ele levou a embarcação para os guardas da Costa Rica e o San Jose se tornou o primeiro barco de caça ilegal confiscado pelos tribunais da Costa Rica. A evidência recolhida pela Sea Shepherd ajudou consideravelmente na condenação.
Em 2002, apenas dois dias antes da data agendada para a Sea Shepherd assinar um acordo com a Costa Rica para trabalhar próxima aos guardas, da mesma forma que trabalha com guardas e polícia do Equador, em Galápagos, aconteceu o incidente entre a tripulação da Sea Shepherd e os pescadores da Costa Rica, os quais foram pegos pela Sea Shepherd caçando ilegalmente tubarões. As acusações da tripulação do Varadero I, embarcação que Paul Watson capturou praticando finning nas águas territoriais da Guatemala, trouxe um fim à cooperação entre a Sea Shepherd e a Costa Rica.
A Sea Shepherd Conservation Society considera a Ilha de Cocos como um dos mais preciosos ecossistemas marinhos do mundo. A Sea Shepherd gostaria de retomar de onde foi forçada a parar em 2002, com um esforço de cooperação entre a Sea Shepherd e a Costa Rica, para trabalharem juntos para defender, proteger e conservar a integridade ecológica do Parque Nacional da Ilha de Cocos.
“Se a Costa Rica acredita que há necessidade de me colocar em julgamento devido a acusações absurdas desses pescadores que capturamos caçando tubarões ilegalmente, então eu estou pronto a cooperar com o sistema judicial apresentando nossas evidências em vídeo, nosso livro de registros e nossa tripulação como testemunhas daqueles eventos. A Costa Rica tem apenas de marcar uma data para um julgamento e eu estarei voluntariamente diante da Corte costa-riquenha, se me assegurarem que minha segurança estará garantida. Não há necessidade de extradição ou prisão preventiva. Tudo que a Costa Rica precisa fazer é uma requisição para que eu me apresente”, disse o Capitão Watson.
O objetivo da Sea Shepherd Conservation Society é trabalhar com a Costa Rica para proteger tubarões e outras espécies marinhas. O Capitão Watson acredita que essa situação oferece oportunidades muito positivas para restabelecer a Sea Shepherd como um parceiro cooperativo dos guardas da Ilha de Cocos.
A Alemanha pode tomar a decisão de encerrar o processo de extradição. A Costa Rica também pode tomar a decisão de retirar o pedido de extradição.
O Capitão Watson está profundamente tocado pelas enormes manifestações de apoio de todo o mundo. “Mais e mais pessoas estão ficando preocupadas e envolvidas com a proteção da vida no oceano e é muito encorajador ver tantas pessoas se unindo a esta causa” disse ele em Frankfurt, onde permanece restrito na Alemanha até o momento.
Traduzido por Drica de Castro, voluntária do Instituto Sea Shepherd Brasil