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Galápagos

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Sea Shepherd e Galápagos

A aproximadamente 960 quilômetros na costa do Equador, o Arquipélago de Galapagos é conhecido pelo mundo por sua inigualável flora e fauna.  Em 1959, 97% da área de terra das ilhas – uns 800,000 hectares – foi declarada Parque Nacional pelo Governo do Equador.

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Vinte anos depois, foi declarado pela UNESCO (Organização Educacional, Científica e Cultural das Nações Unidas) Herança Mundial Natural em reconhecimento de seu valor universal.

Em 1986, o estabelecimento da Reserva dos Recursos Marinhos de Galápagos nas águas que cercam as ilhas trouxe aproximadamente sete milhões de hectares adicionais sob proteção oficial. Com a exceção das áreas colonizadas de San Cristobal, Santa Cruz, Isabela, e Ilhas de Floreana, 97% da área de terra total das ilhas são Áreas de Proteção sob a Lei de Silvicultura do Equador para Conservação da Vida selvagem e Áreas de Preservação.

gnp2Com uma inigualável e frágil história, é um milagre a insubstituível vida natural de Galápagos sobreviva até hoje.

Por 100 anos, começando ao final do séc.18, os baleeiros usaram as ilhas como base e campo de caça, complementando a carnificina cetácea por servirem-se das peles das focas locais para ganhar mais dinheiro e das tartarugas para comerem.

Por volta de 1900, as focas de Galápagos estavam quase extintas e os cascos das gigantes tartarugas assassinadas espalhados pelas praias. A primeira lei de proteção da fauna de Galápagos foi aprovada em 1934, mas as iguanas da ilha de Baltra não sobreviveram à construção de uma base aérea norte-americana durante a Segunda Guerra Mundial. No início dos anos 70, frotas pesqueiras japonesas foram servir-se de tartarugas marinhas, depredando o ambiente rotineiramente com redes de arrastão.

O Serviço do Parque Nacional de Galápagos (GNP), com a ajuda e conselhos da Estação de Pesquisa Charles Darwin, gnp3trabalha para proteger o arquipélago de abuso e exploração ilegal. Em 1995, nós publicamos o primeiro relatório de campo da Sea Shepherd sobre a caça da vida marinha em Galápagos (Sea Shepherd Log, 3º – 4º, 1995), junto com uma oferta ao Equador de ajudar na patrulha da Ilha com nosso navio de conservação, o Edward Abbey (depois rebatizado de Sirenian e, mais recentemente, Yoshka).

Em março de 1997, Fabricio Valverde do Departamento Técnico do Serviço do Parque Nacional de Galápagos nos contatou para expressar interesse definitivo na possibilidade de patrulhas de conservação conjuntas.

gnp4O Serviço do Parque estava patrulhando as águas do Parque Nacional e a Reserva Marinha com os barcos Guadalupe River e o Belle Vie, e eles acharam que ” a adição do Edward Abbey (Sirenian) pode ser extremamente útil para a conservação das Ilhas “.

Anos de negociações indo e vindo com o governo equatoriano, em um momento eles dizem quem uma embarcação estrangeira simplesmente não pode patrulhar o Parque. O tempo passou e nós tivemos de ir em frente com outras campanhas, mas não podíamos desistir de Galápagos, uma ilha única para o mundo: Um paraíso para espécies que não são encontradas em nenhum outro lugar do mundo, sob a crescente pressão da ação humana e pesca ilegal.

Finalmente, Capitão Watson e a tripulação do Ocean Warrior (depois rebatizado de R/V Farley Mowat) chegaram à gnp5Galápagos em março de 2000, em rota de comemoração da desistência do plano de salinas na Lagoa de San Inacio em Baja, Califórnia, rumo às Ilhas Faroe, cruzando o Atlântico, para a campanha de defesa das baleias.

A equipe executiva do Ocean Warrior reuniu-se com a equipe do Parque Nacional e, rapidamente, concordaram em uma patrulha conjunta provisória. Em agosto, um acordo final havia sido celebrado, e os preparos para aprontar o Edward Abbey (Sirenian) para seu primeiro ano de trabalho em Galápagos estavam começando.

Nossa paciência e persistência valeram a pena. O Sirenian entrou em serviço sob um acordo de cinco anos de auxílio ao Parque Nacional a acabar com as atividades pesqueiras ilegais num limite de 40 milhas das ilhas. O Sirenian tornou-se parte indispensável do Parque, e, em outubro de 2005, Capitão Watson assinou um novo tratado com o diretor do Parque para manter o navio patrulhando Galápagos permanentemente.

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A proibição da pesca comercial vale desde 1997, mas vem sendo regularmente violada pela enorme frota equatoriana, embarcações estrangeiras e operações independentes.

Está sendo provocado um enorme dano pela caça de tubarões e peixes-espada pela pesca com espinhel. Uma série de zonas de proteção foram estabelecidas pela Reserva Marinha e devem ser resguardadas.

Tudo o que nós precisamos agora é de sua colaboração e a Patrulha de Conservação da Sea Shepherd em Galápagos fará diferença na preservação do ecossistema mais importante do mundo.

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