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Uma perseguição perigosa por um labirinto de gelo

O Steve Irwin faz o seu caminho através do gelo com o Yushin Maru Nº 3 a distância. Foto: Billy Danger

O Steve Irwin faz o seu caminho através do gelo com o Yushin Maru Nº 3 a distância. Foto: Billy Danger

Durante três dias estressantes, o navio da Sea Shepherd, Steve Irwin, tem levado o navio arpoador japonês, o Yushin Maru Nº 3, mais fundo no gelo da parte nordeste do Mar de Ross.

“A fim de nos aproximarmos do Nisshin Maru, precisamos despistar o Yushin Maru Nº 3“, disse o Capitão Paul Watson. “É difícil, porque os navios japoneses são mais rápidos e mais manobráveis do que os nossos. Até agora tivemos dois confrontos com os baleeiros nos últimos dois dias. Giacomo Giorgi (30), da Itália, foi ferido levemente quando foi atingido no quadril com uma vara de por um dos baleeiros”.

A tripulação nos três barcos infláveis da Sea Shepherd ​​acertou o Yushin Maru Nº 3 com manteiga podre e tinta vermelha. Eles também conseguiram obstruir temporariamente o navio arpoador. Infelizmente, os pequenos barcos não conseguiram despistar o navio arpoador o suficiente para que o Steve Irwin fugisse. O Yushin Maru Nº 3 está quebrando blocos de gelo em um esforço para se manter na cauda do Steve Irwin, mas não parece ter sofrido qualquer dano. Um par de temporadas atrás, o mesmo Yushin Maru Nº 3 sofreu danos no gelo e teve que ir para a Indonésia para fazer reparos à sua hélice.

O Yushin Maru Nº 3 abre o seu caminho através de gelo para manter-se atrás do Steve Irwin. Foto: Billy Danger

O Yushin Maru Nº 3 abre o seu caminho através de gelo para manter-se atrás do Steve Irwin. Foto: Billy Danger

“Temos sido seriamente prejudicados por não ter o nosso navio observador, o Brigitte Bardot“, disse o Capitão Watson. “Quando voltarmos na próxima temporada, teremos dois navios observadores, além dos dois navios maiores. No ano passado fomos capazes de encontrá-los, nos aproximarmos e bloqueá-los, forçando-os a retornar ao Japão. Este ano podemos encontrá-los, mas não podemos nos aproximar o suficiente para bloqueá-los sem um navio de escolta. Devido às generosas doações de pessoas em todo o mundo, que doaram dinheiro para ajudar as vítimas do tsunami e do terremoto em março passado, o dinheiro foi disponibilizado para enviar a Estrela da Morte de Cetáceos de volta para o Oceano Antártico. Acho que podemos rotular a campanha desta temporada como ‘O Império Contra-Ataca'”.

Traduzido por Raquel Soldera, voluntária do Instituto Sea Shepherd Brasil