Comentário pelo Capitão Paul Watson
A primeira-ministra, Julia Gillard, e a procuradora-geral, Nicola Roxon, disseram durante uma conferência de imprensa que o resgate de Geoffrey Tuxworth, Simon Peterffy e Glen Pendlebury do navio de segurança da frota baleeira japonesa, Shonan Maru #2, custaria aos contribuintes australianos centenas de milhares de dólares, e poderia retirar a patrulha da Proteção do Oceano de importantes direitos de pesca ao largo da Ilha Heard.
Elas insinuaram que a Sea Shepherd seria responsável por esses custos, por causa deste incidente, e até sugeriram que a Sea Shepherd banque as despesas.
Sim, vai custar centenas de milhares de dólares, mas isso não é culpa da Sea Shepherd Conservation Society.
O governo optou por esta solução muito cara, quando havia uma solução muito mais barata para o problema, e que a Sea Shepherd poderia ter fornecido se o governo se preocupasse em nos pedir conselhos.
O problema é que o governo nunca se comunica conosco, e nunca o fez desde o dia em que foram eleitos. Eles falam com os japoneses e ouvem os japoneses, mas nunca falam conosco, e é por isso que a procuradora-geral ignorou provas e repetiu uma falsa acusação do relações públicas da indústria baleeira japonesa, Glenn Inwood, de que o embarque ocorreu a 44 km da praia.
A solução que a Sea Shepherd poderia oferecer nada custaria ao contribuinte.
Tudo o que o Shonan Maru #2 tem a fazer é transferir os três homens para o Steve Irwin, que está apenas 12 milhas longe deles.
Isso poderia ser feito rapidamente, e custaria aos contribuintes absolutamente nada.
Em vez disso, a solução do governo é enviar um grande navio da Ilha Heard a um custo enorme, para que eles possam demonizar a Sea Shepherd por levá-los a gastar o dinheiro dos contribuintes.
A solução do governo poderia também protelar o resgate por dias por causa da distância entre o navio do governo e o Shonan Maru #2.
O governo rejeitou essa solução ou sequer a considerou, porque sua política é a de não reconhecer a Sea Shepherd de qualquer maneira, para não ofender o Japão.
Nisto viram uma oportunidade de fazer a Sea Shepherd ficar mal aos olhos do povo australiano, que é muito favorável à Sea Shepherd, ao formular uma história como essa em que a Sea Shepherd tem custado centenas de milhares de dólares aos contribuintes australianos.
No entanto, a decisão do fardo deste custo dos contribuintes foi tomada pela primeira-ministra, não pela Sea Shepherd.
Mas vai, porém, custar aos contribuintes menos do que o recente aumento salarial da primeira-ministra. Apenas por dizer.
Traduzido por Raquel Soldera, voluntária do Instituto Sea Shepherd Brasil