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Sea Shepherd retorna da Guerra das Baleias

O navio da Sea Shepherd, Steve Irwin e sua tripulação se retiraram da perseguição da frota baleeira japonesa para começar a preparação para retornar com um novo navio de longo alcance e mais veloz.

“Eu sempre disse que faríamos o possível de forma não violenta para terminar com a caça ilegal no Santuário Antártico das Baleias,” declarou o Capitão Paul Watson. “Nós fizemos tudo que foi possível com os recursos disponíveis a nós este ano. Fechamos as suas operações ilegais durante um mês. Nós custamos dinheiro a eles e salvamos as vidas de muitas baleias. E embora estejamos dispostos a correr riscos, até mesmo colocando nossas vidas na linha de tiro, eu não estou preparado a fazer o que os baleeiros japoneses fazem as baleias. E se a violência dos baleeiros japoneses continuar aumentando na proporção que aconteceu nos últimos dias, isso resultará em sérios danos e possivelmente fatalidades.”

O Capitão Watson disse que tem operado em desvantagem contra três navios arpoadores que são superiores ao Steve Irwin em velocidade e dirigibilidade.

“Nós precisamos bloquear esses arpões mortais e precisamos ser mais rápidos que estes assassinos e para fazer isto, preciso de um navio mais rápido que os deles, e pretendo adquirir um e retornar ano que vem,” comentou Watson. “Nós jamais deixaremos de interferir contra as suas operações baleeiras ilegais e nunca pararemos de bloquear e custar dinheiro a eles. Eu pretendo ser o pesadelo deles todos os anos até que eles parem com esta morte horrorosa e ilícita das grandes baleias no Santuário Antártico.

A tripulação do Steve Irwin perseguiu a frota japonesa do dia 18 de dezembro a 7 de janeiro por mais de 2.000 milhas náuticas, fechando suas operações durante um mês. Saímos para reabastecer. A tripulação retornou e localizou novamente a frota no dia 1º de fevereiro e durante os 9 dias seguintes, os baleeiros conseguiram matar apenas cinco baleias.

Uma perseguição ao Yushin Maru No.2 pelo Steve Irwin entre gelo denso no dia 20 de dezembro causou danos a hélice do navio baleeiro e forçou-os a saírem da caça por um mês e meio. Para a vergonha do governo japonês, foi negado concerto ao seu navio baleeiro na Indonésia além de estarem proibidos de aportar na Nova Zelândia e Austrália.

Confrontos entre o Steve Irwin e a frota baleeira resultaram em vários incidentes perigosos e duas colisões que causaram danos mínimos as embarcações. A frota baleeira este ano utilizou armas militares denominadas de Dispositivo Acústico de Longo Alcance (LRAD sigla em inglês) e canhões d’água de alta pressão direcionados contra a tripulação da Sea Shepherd. Nenhum baleeiro foi ferido. Três tripulantes do Steve Irwin foram feridos e um deles precisou levar cinco pontos sobre o olho esquerdo depois de desmaiar ao ser bombardeado com a arma acústica LRAD.

Capitão Paul Watson desmente as acusações japonesas que a Sea Shepherd bateu propositalmente em seus navios arpoadores.

“Os baleeiros e seus “papagaios” das relações públicas podem dizer o que bem entendem, mas nós temos mais de 1.000 horas de gravações em vídeo que documenta todos os momentos da campanha. Nossa história será contada em uma série semanal do Animal Planet chamada Guerras das Baleias. As pessoas poderão assistir e julgar por si próprias. A máquina fotográfica é a arma mais poderosa no mundo e nós pretendemos demonstrar o seu total poder”.

No dia 31 de janeiro, o governo japonês despachou de Fiji um navio de segurança chamado de Taiyo Maru #38 para interceptar o Steve Irwin. De acordo com fontes em Fiji, temos motivo para acreditar que este navio esta trazendo unidades especiais de abordagem, com ordens para aprender o navio e toda a evidência cinematográfica. Espera-se que o navio chegue ao Mar de Ross dentro de alguns dias.

“Nós não podemos permitir que esta documentação seja capturada pelo Japão,” disse Capitão Watson.

O Steve Irwin está voltando à Austrália e espera chegar dentro das próximas duas semanas. De qualquer maneira o navio tem apenas mais quatro dias de reservas de combustível para permanecer com a frota antes de ser forçado a retornar.

“O risco a vida da tripulação é simplesmente grande demais para ficarmos quatro dias a mais,” disse Capitão Watson. “Nós estamos aqui porque respeitamos a santidade da vida. Os baleeiros estão aqui para destruírem a vida. As pessoas podem escolher em apoiar a vida ou a morte, entre os baleeiros ou os defensores das baleias. Nós escolhemos defender a vida, e para todos aqueles que condenam o que estamos fazendo, eu só posso dizer uma coisa. Nós não estamos aqui por vocês, estamos aqui pelas baleias”.