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O navio Brigitte Bardot da Sea Shepherd foi consertado e está pronto para ação

Pelo Capitão Locky MacLean

O Capitão Luis Manuel Pinho acompanha como o Brigitte Bardot é levantado por guindastes. Foto: Simon Ager

Em 16 de abril de 2012, o navio escoteiro da Sea Shepherd, Brigitte Bardot, foi relançado em Fremantle após 3 meses de reparos necessários pelos danos causados por uma onda gigantesca no Oceano Antártico. O gerente do navio, Simon Ager, estava eufórico, afirmando que “os últimos três meses e meio de reparos por parte dos profissionais e voluntários apaixonados  nos trouxeram até hoje, o Brigitte Bardot baixou graciosamente de volta para a água, completamente reparado e mais forte do que nunca, e pronto para continuar na luta, não só, talvez, em situação um pouco pior pelo desgaste durante este episódio, mas com uma determinação renovada.”

Os críticos sistemas de organização do navio ainda estavam sendo reconsiderados durante o lançamento. O capitão do Brigitte Bardot, Luis Manuel Pinho, explicou: “Tivemos de manipular manualmente o navio do guindaste, suspendendo-o, para uma doca, pois alguns sistemas ainda não estavam operacionais e não conseguimos testá-los fora da água, de modo que este foi o primeiro desafio que tivemos que enfrentar.”

O diretor da Sea Shepherd na Austrália, Jeff Hansen, que mora em Fremantle, e estava presente durante o lançamento, comentou: “Muitos corações australianos afundaram quando eles viram o Bardot voltando para o porto tão cedo durante a operação Vento Divino, pois ele desempenha um papel fundamental, como um navio de perseguição na busca pelo navio-fábrica baleeiro. Australianos são alguns dos defensores mais fervorosos de baleias no mundo e tem sido fantástico ver as empresas locais e voluntários se reunirem e se mobilizarem pelas grandes baleias “.

O Brigitte Bardot sendo baixado para a água por guindastes para iniciar os testes pós-reparo do mar. Foto: Simon Ager

O Capitão Pinho, que assumiu o comando do navio temporariamente, descreveu a viagem: “o percurso entre Fremantle e Melbourne equivale a algo em torno de 1.750 milhas náuticas, a distância que podemos cobrir entre 5 e 7 dias, dependendo das condições climáticas. O Brigitte Bardot tem que ser tratado mais como um pequeno barco do que um navio. A sua velocidade e percursos têm de ser ajustados para as condições. É uma travessia difícil em condições perfeitas de tempo, como nós temos que evitar o encontro com condições difíceis ao circundar o Cabo Leeuwin e ainda mais quando chegar em Bass Strait, que pode ser complicado. Isto quer dizer que, este navio é um exercício incrível de arquitetura naval, e ainda depois de 16 anos não há quase nada que se compare a ele sobre a água em termos de eficiência, e guiar o Brigitte Bardot no oceano é uma grande experiência”, afirmou o capitão Pinho, um arquiteto naval em seu próprio direito.

“Ao chegar em Melbourne, nós iremos atracar perto do Steve Irwin e continuar a melhorar o Bardot e deixá-lo pronto para as próximas campanhas”, afirmou o gerente de navio Simon Ager, que faz parte da tripulação do Brigitte Bardot desde o dia em que o navio foi adicionado a frota da Sea Shepherd.

“Simon é, sem dúvida, um dos nossos mais dedicados tripulantes, e eu sei que depois de seus esforços para reparar o navio, ele está ansioso para ver Bardot em ação novamente”, disse o capitão Locky MacLean, que supervisionou o reequipamento uma vez que o navio voltou danificado do Oceano Antártico.

O diretor da Sea Shepherd Austrália, Jeff Hansen, vai sentir falta de ter o Brigitte Bardot em sua cidade natal, mas ressaltou que o navio e sua tripulação tinha um trabalho importante a fazer. O Brigitte Bardot está programado para chegar em Williamstown na última semana de abril, e estará aberto para excursões nos finais de semana nas docas da Fundação Seaworks, ao lado do Steve Irwin.

Traduzido por Dani Vasques, voluntária do Instituto Sea Shepherd Brasil