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Na Amazônia, Sea Shepherd ajuda a mitigar poluição de rios por meio da educação

Coordenação em Manaus realiza ações educacionais e conversas sobre logística reversa de resíduos com peças-chave de Manaus e redondezas.

Educar hoje para criar um mundo mais sustentável amanhã. Com esse objetivo, a ONG de preservação marinha Sea Shepherd realiza, no mês de novembro, ações educacionais sobre a preservação do meio ambiente, dos oceanos, e de sua própria sobrevivência.

De maneira lúdica e interdisciplinar voltado à realidade dos alunos em sala – a Sea Shepherd conseguiu cativar, em sua primeira turma, uma classe de 15 alunos que já retornam às suas atividades presenciais, na Escola Adventista de Santo Antônio, na zona oeste de Manaus.

“Ideias muito criativas e facilmente implementáveis foram geradas, como uso de madeira, vidro, bambu e até barro e argila para substituir os acessórios de plástico que comumente utilizamos e descartamos – principalmente nesta época pós-pandemia”, afirma Nathalie Gil, coordenadora nacional do projeto Sea Shepherd Educação.

Gil reforça a importância de se debater o lixo que geramos, em particular o plástico, um resíduo relativamente recente em nossas vidas, mas que hoje é onipresente.

“O resíduo é um problema de décadas na região de Manaus. Há uma imensidão de lixo sendo despejado no rio Amazonas e o aterro sanitário da capital só poderá receber resíduos até 2021”, aponta a coordenadora.

Segundo a Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp), entre janeiro e setembro deste ano já foram retiradas mais de oito mil toneladas de lixo dos rios e igarapés de Manaus. A Semulsp mantém o serviço diariamente em toda a capital, atendendo, em média, 36 igarapés por mês. Quase 880 toneladas de resíduos são retiradas mensalmente dos rios, um dos mais onerosos aos cofres públicos, a um custo de quase R$ 1 milhão, a cada 30 dias.

Após algumas tentativas no passado, recentemente foram implementados 38 PEVs em pontos estratégicos da cidade, em uma ação conjunta com o Ministério Público, Semplusp e redes de distribuidoras que através do Fórum de Logística Reversa se uniram para fazer acontecer.

Para Elisa Müller, Coordenadora da Associação Aliança, que está na linha de frente do desafio dos resíduos em Manaus, há ainda muito que fazer. “O sucesso da implementação das PEVs é só o começo. Agora temos que mobilizar empresas responsáveis pelo resíduo gerado, para assim estruturar de fato a logística reversa de nossa região, gerar renda e educar uma geração que irá enfrentar o problema do lixo como nenhuma outra” afirma.

Doe para ajudar nas limpezas, resgate de fauna e comunidades que necessitam de assistência.