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Medidas inadequadas para proteger os Golfinhos de Maui

Por Tracy Brown, da Sea Shepherd Nova Zelândia

Foi uma sincronia impecável do Governo da Nova Zelândia e um exemplo clássico de dualidade de critérios burocráticos com relação às medidas provisórias para proteger os Golfinhos de Maui. O Comitê Científico da Comissão Internacional da Baleia (CIB) mantém na Nova Zelândia a posição de não se comprometer com obrigações nacionais e internacionais de proteger golfinhos endêmicos. O Subcomitê de Pequenos Cetáceos e especialistas de todo o mundo concordaram que redes de emalhe e de arrasto são ameaças humanas diretamente atribuídas ao declínio nas populações de Golfinhos de Maui e de Hector nos últimos 40 anos. Portanto, como medida preventiva programada para mitigar a situação na Nova Zelândia, é uma boa notícia que o banimento de redes fixas tenha se estendido mais ao sul até Hawera, e para duas milhas náuticas além da costa. É uma boa notícia que haverá observadores para embarcações de arrasto entre 2 e 7 milhas náuticas além da costa e que outra parte da solução tenha sido estabelecida.

Mas isto não salvará os golfinhos.

Esta é uma medida temporária. A proteção estendida à 100m de profundidade, banimento de redes fixas nos portos de Manukau e Kaipara e na faixa de habitat seriam medidas mais adequadas. O Comitê Científico da CIB recomenda que remover as redes de emalhe e arrasto das Ilhas Sul e Norte mitigarão o isolamento da população e proporcionarão vias seguras para a população se reproduzir.

Como um fato científico visto através das lentes da política se torna uma fraca forma de proteção que na verdade impede a recuperação de espécies? Pesquisas reconhecidas internacionalmente vêm sendo atenuadas pela visão neozelandesa de segurança financeira através de falsas afirmações de uma economia limpa e verde que protege a pesca e promove mineração em áreas de proteção de mamíferos marinhos. O experimento é um exemplo Darwinista da sobrevivência do mais apto, não como pretende a natureza, mas como pretende uma espécie manipuladora incapaz de equilibrar a razão sobre a arrogância.

No entanto, a razão pode prevalecer, com paixão e perseverança. Há opções para concretizar a proteção efetiva para os Golfinhos de Maui e de Hector através do Plano de Gestão de Ameaças com prazo de consulta até o final deste ano e a Nova Zelândia precisará de seu apoio durante a fase de submissão (ainda a ser anunciada). É claro, as escolhas não estão sempre nas mãos da burocracia – você pode fazer escolhas também!

Se você está interessado na proteção destes raros golfinhos, por favor, entre em contato com o Primeiro Ministro da Nova Zelândia para registrar sua preocupação ([email protected]).

Ou a Ministra da Conservação ([email protected]).

Ou o Ministro da Indústria Primária ([email protected]).

Outra forma de se envolver: não comer os peixes alvo de captura de redes fixas e de arrasto da Nova Zelândia na área de ocupação dos Golfinhos de Maui e Hector.

Traduzido por Flávia Milão, voluntária do Instituto Sea Shepherd Brasil