O encontro realizado, dia 23 de fevereiro, no Palácio do Itamaraty, abordou o posicionamento do governo brasileiro frente à matança de cetáceos na Antártica
Na reunião estavam presentes o comissário do Brasil na Comissão Internacional da Baleia, ministro Fábio Vaz Pitaluga, representantes do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ministério do Meio Ambiente (MMA), Sociedade Mundial de Proteção Animal (WSPA), Instituto Baleia Jubarte, Greenpeace, Centro de Conservação Cetácea, Instituto Justiça Ambiental e Instituto Sea Shepherd Brasil (representado pelo seu diretor técnico, Wendell Estol).
O foco da conversa foi o ‘pacote de maldades’ divulgado pela Comissão Internacional da Baleia (CIB) (http://www.iwcoffice.org/_documents/commission/future/IWC-M10-SWG4.pdf) que, entre outras barbaridades, legitima e legaliza a matança de baleias no Santuário de Baleias do Atlântico Sul pelos próximos DEZ anos. O Japão que ainda pratica a caça à baleia naquela região alega que esta caça é para “fins científicos”. Para o Instituto Sea Shepherd Brasil esta alegação tem outros nomes: balela, engodo e pressão econômico-política.
O ministro brasileiro argumentou que será fundamental uma negociação para que seja alcançado um denominador comum entre todas as partes envolvidas. Acrescentou ainda, que a negociação visa obter a redução ‘significativa’ do número de baleias caçadas e evitar que a exploração continue.
O Instituto Sea Shepherd Brasil é peremptoriamente contra a esta chamada “redução significativa”. “Queremos COTA ZERO no que diz respeito à carnificina de cetáceos no Santuário Atlântico. Não aceitamos nenhum outro termo que não seja COTA ZERO, enfatizou o diretor técnico do Instituto Sea Shepherd Brasil , Wendell Estol.
Aguardamos qual será o posicionamento brasileiro na reunião da Comissão Internacional da Baleia (CIB) que ocorrerá no dia 02 de março nos Estados Unidos, Flórida. Os Sea Shepherds brasileiros estarão atentos aos resultados e desdobramentos deste encontro.