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Brasil mantém postura de oposição à caça de cetáceos junto a Comissão Internacional Baleeira (CIB)

A reunião do governo brasileiro com a sociedade civil para discutir a manutenção da oposição do país frente à pesca de cetáceos ocorreu no último dia 03/05, no Palácio do Itamaraty, em Brasília.

Além de representantes governamentais, entidades de defesa do meio ambiente marinho estiveram presentes, entre elas o Instituto Sea Shepherd Brasil (ISSB), Greenpeace, Centro de Conservácion Cetácea, Instituto Aqualie, Instituto Baleia Jubarte Instituto Justiça Ambiental (IJA) e Onda Azul.

Na oportunidade o governo brasileiro reafirmou seu compromisso em ser voz contrária à caça de cetáceos, praticada principalmente pelos japoneses, com aval da CIB.

As ONGs levantaram muitos pontos importantes como a necessidade de incluir na agenda da reunião a proposta de criação do Santuário de Baleias do Atlântico Sul, que o Grupo de Buenos Aires (formado por países latinos) retome sua pró-atividade presente nas reuniões anteriores e exija que a CIB seja para a conservação e não para a caça de baleias.

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Entre os pontos ressaltados está a exigência de que não exista qualquer tipo de acordo consciencioso ou flexível que permita a caça de cetáceos, que é a principal reivindicação do governo japonês junto a CIB. Para Fábio Vaz Pitaluga, Ministro Chefe da Divisão do Mar, “o Brasil não mudará sua posição conservacionista e irá participar da reunião deixando claro que deseja o fim da caça de baleias na região Antártica”.

Outro ponto importante é a possibilidade da terceirização das atividades de caça por parte dos japoneses junto a outros países baleeiros como Noruega, Islândia e Dinamarca, uma vez que devido as ações da Sea Shepherd na Antártida a caça naquele santuário está se tornando economicamente inviável a indústria baleeira japonesa.

Outra preocupação dos ambientalistas é o atraso com relação ao pagamento da cota do governo brasileiro. Para que os países tenham direito a voto na reunião é necessário pagar uma cota de 17 mil libras, a qual o Brasil ainda não pagou. Se até a data limite o país não tiver saldado essa dívida, todas as propostas conservacionistas brasileiras podem vir por água abaixo sem o direito de apresentá-las e votá-las.

Importante ressaltar o pedido do governo brasileiro para que as organizações civis forneçam dados para sustentar e reafirmar que desenvolvimento de projetos que venham a corroborar com a posição de que a observação de cetáceos é uma solução viável econômica-social e ambientalmente para contrapor e banir a caça de uma vez por todas.