Sea Shepherd Brasil participa de mutirão de limpeza na Praia da Bandeira, no Rio de Janeiro.
Mobilizados para mais um mutirão de limpeza de praia e resgate de fauna marinha, como parte integrante da Campanha “Dirty Sea Project” do Instituto Sea Shepherd Brasil, membros do Núcleo carioca, juntaram-se aos pesquisadores do Projeto Hippocampus e aos integrantes do Projeto BG500 – Baía de Guanabara 500 Anos de Muita Vida, e com o apoio da Associação das Mulheres da Ilha do Governador (AMUIG), da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae), da Companhia de Limpeza Urbana (Comlurb), do Iate Clube Jardim Guanabara, do Iate Clube Jequiá e da 7ª Unidade de Polícia Ambiental Marítima e Fluvial, realizaram no dia 18 de julho, uma nova ação, desta vez na Praia da Bandeira, na Ilha do Governador.
O local é uma pequena praia que abriga uma colônia de pescadores e uma grande quantidade de peixes e invertebrados, assim como algumas aves marinhas. O evento teve como objetivo, um mutirão para retirada do lixo doméstico da água, como plásticos de todos os tipos, pneus, colchões, botijões de gás, garrafas, copos e tudo o que prejudica a fauna e flora, além de conscientizar as pessoas para a importância da conservação do ambiente marinho, através da Educação Ambiental.
A Praia da Bandeira já foi um dos principais pontos de pesquisa do Prof. Cesar Bernardo, coordenador do Projeto Hippocampus, que trabalha na conservação de cavalos marinhos, mas em decorrência do lixo acumulado, os cavalos marinhos migraram para outros locais da Baía de Guanabara.
Além da ação dos voluntários na parte de areia, também foi coletado lixo subaquático, através do apoio de mergulhadores profissionais e amadores, assim como apneístas, resultando no total de 400 kg de resíduos sólidos, dentre garrafas e cacos de vidro, muito lixo hospitalar, sacos e copos plásticos e uma infinidade de outros dejetos, como um par de chinelos e outro de tênis, camisas e até um capacete de motociclista.
“Seria necessário o dobro de voluntários para poder resgatar todos os animais associados ao lixo marinho, mas aprendemos a comemorar muito, as vidas que salvamos, do que nos entregar ao desânimo pelas que não foram salvas. É o alto preço que os animais bentônicos marinhos pagam pelo nosso descaso. Não há animal que não mereça ser resgatado! O melhor resgate é aquele que temos capacidade e competência para realizar! Cada vida salva ontem fará diferença!“ – comentou Ed Bastos, idealizador do Projeto BG500 – Baía de Guanabara 500 Anos de Muita Vida e voluntário do ISSB, que coordenou o resgate de fauna.
“Quando você protege o cavalo-marinho você protege toda a Baía de Guanabara, todo ecossistema marinho e consequentemente isso volta para a gente” – falou o Prof. Cesar Bernardo.
Desejamos que cada mutirão de limpeza sirva de alerta para os danos causados ao meio ambiente, pelas injustiças oriundas das irresponsabilidades sociais, no nosso caso, com a Baía de Guanabara, importante espaço ecológico, onde, milhares de pessoas tiram o seu sustento, como os pescadores, que sofrem cada vez mais, com a poluição das águas.
A Campanha Dirty Sea Project lançada pelo Instituto Sea Shepherd Brasil está percorrendo o litoral brasileiro desenvolvendo ações de Educação Ambiental e limpezas de praias e subaquáticas.
Praia não é lugar de lixo, descarte o SEU lixo no lugar adequado.
A vida marinha agradece !!!