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Golfinhos

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Salvando Golfinhos

“É um banho de sangue, cruel e selvagem. A cada ano, a calma aldeia de Taiji no Japão vira um local onde a crueldade, dor, sofrimento e finalmente a morte é infligida em golfinhos indefesos.”

Capitão Paul Watson

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Atualizações diárias da “ENSEADA” no Japão “The Cove Guardians” – Relatório de Taiji, Japão: equipe da Sea Shepherd documenta massacre de golfinhos

Equipe da Sea Shepherd arrisca suas vidas pelos golfinhos de Taiji

Em 6 de outubro de 2006, depois de escondidos por várias semanas atrás dos penhascos observando a baía, os membros da equipe da campanha da Sea Shepherd pelos golfinhos do Taiji filmaram e fotografaram pescadores assassinando golfinhos na enseada de Taiji.

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A equipe foi atacada, intimidada e suas vidas foram ameaçadas pela comunidade local por atreverem-se a expor essa atrocidade ainda desconhecida. Algumas das fotografias tiradas encontram-se aqui.  Pode-se ver que o sangue dos golfinhos deixou o mar vermelho.  Com o lançamento das fotos, a AP Photo Japan testemunhou que as fotos não foram alteradas.

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A equipe da Sea Shepherd continuou forte em Taiji por um mês e meio apesar da crescente hostilidade dos pescadores locais. A equipe filmou e fotografou sempre que pôde, e continuou sua vigília na enseada.

Em 18 de novembro de 2003, dois membros da equipe, Allison Lance Watson e  Alex Cornelissen, mergulharam na baía e nadaram para salvar 15 golfinhos que seriam mortos na manhã seguinte.

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Eles nadaram por mais de uma hora desatando e desmontando redes, criando rotas de escape para os golfinhos. Um passante chamou a polícia de Taiji que contatou diversos navios pesqueiros da enseada. Depois da violenta luta na água, eles nadaram rumo à costa e foram imediatamente presos. Foram detidos em celas separadas por 23 dias sem direito à fiança ou comunicação com o resto do mundo. Com a ajuda de outros grupos, protestos foram organizados em apoio à Sea Shepherd em 28 cidades no ano seguinte, inclusive no Brasil.

O mundo, incluindo muitos cidadãos japoneses, viu pela primeira vez a horrenda brutalidade dessa matança de lindas criaturas. Essas imagens viraram manchetes internacionais e atordoaram o mundo. Amantes de golfinhos de toda parte ficaram revoltados e condenaram o governo japonês por permitir esse ritual de morte.

A reação japonesa a isso foi colocar cartazes pela vila e pelos penhascos que proibiam a filmagem e fotografia da matança de golfinhos. Esse ano, eles espalharam pela baía grandes tapumes para esconder o que eles estão fazendo, e guardas estão a postos para evitar que protetores de golfinhos aproximem-se ou fotografem o que está sendo feito com os animais.

Apesar das milhares de cartas, e-mails e protestos enviados ano passado, o governo japonês permite que a caça continue, permitindo que 23.000 golfinhos sejam assassinados. A nossa responsabilidade deve ser de aumentar a publicidade e a pressão nos japoneses e em seu governo para acabar com essa carnificina animal anual.

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Como eles matam

Os pescadores, em vilarejos como Taiji, saem em pequenos barcos para observar o movimento migratório dos golfinhos. Posicionando seus barcos estrategicamente, eles formam uma fila e esperam pelos golfinhos. Quando os golfinhos chegam, os pescadores jogam longos canos de metal na água, e batendo os canos um nos outros, criam uma parede de som. O som interfere na capacidade dos golfinhos de orientar-se e apavorando-os. Os golfinhos então nadam para fugir do som e os japoneses manobram seus barcos encurralando-os em uma pequena baía.

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Uma vez na baía, redes são colocadas no escoadouro de entrada e saída da baía para que eles não fujam. Então, os pescadores normalmente cortam alguns dos golfinhos com um facão, porque os outros golfinhos não abandonarão os golfinhos membros de suas famílias machucados.

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Presos na água rasa, os golfinhos debatem-se para tentar ficar o mais longe possível da terra até a manhã seguinte. Pela manhã, os pescadores jogam suas redes, forçando os golfinhos a aproximarem-se da terra, quando então eles os assassinam com golpes de facões e ganchos. Os golfinhos agonizam por cerca de seis minutos enquanto aos poucos sangram até a morte, tornando o mar literalmente vermelho com o sangue.

Depois do massacre, os corpos dos golfinhos são levados a uma casa de corte, onde são fatiados. A carne, apesar de muito contaminada, é vendida sem aviso assim mesmo em supermercados japoneses – supermercados esses muitas vezes pertencentes à cadeias americanas ou européias.

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O governo japonês está envenenando seus próprios cidadãos

A carne de golfinho é vendida por lojas por todo o Japão. Parte dela é vendida pelo rótulo correto de carne de golfinho, e outra parte é embalada sob o rótulo de carne de baleia. O que nunca está incluso no rótulo são os níveis de mercúrio, metais pesados, fertilizantes tóxicos e cádmio. Uma ou mais dessas substâncias contaminam quase toda a carne de golfinho vendida no Japão. Vender isso para o consumo da população é uma desgraça, a venda ser feita sem o governo japonês alertar a população que a carne que eles estão consumindo é toxica para sua saúde é irresponsabilidade e negligência.

Em 1999, uma equipe internacional de cientistas trabalhando no Japão analisou 130 amostras de carne de baleia e golfinho e reportaram os resultados à Comissão Internacional Baleeira (IWC). Eles analisaram as amostras em busca de mercúrio, metais pesados, fertilizantes tóxicos e cádmio. Os resultados mostraram que não apenas que freqüentemente a carne de golfinho é vendida como de baleia, como quase sempre está contaminada:

  • 24% das amostras de carne de baleia eram na verdade carne de golfinho ou de pequenas baleias assassinados em Taiji.
  • Mais de 91% das amostras de golfinhos e pequenas baleias excederam os limites aceitáveis para poluentes.
  • Uma amostra teve mais de 1.600 vezes o permitido de mercúrio.

Tetsuya Endo, um cientista japonês e cientista principal do projeto de 1999, acredita que as altas concentrações encontradas nas amostras “podem ser o suficiente para causar agudo envenenamento por mercúrio” e que “os produtos deveriam ser retirados imediatamente”.

Outros estudos chegaram a conclusões similares. Biólogo da Universidade de Harvard, Dr. Palumbi, que participou da pesquisa conjunta entre Japão e Harvard, escreveu uma carta aos representantes japoneses requerendo avisos de saúde pública e imediato banimento da venda de carne contaminada.

“Nós acreditamos que consumidores japoneses estão recebendo informação inadequada, e, em alguns casos, inexata, sobre os produtos cetáceos que estão consumindo.”

Todos os estudos mostram claramente carne de golfinho não é segura e que a contaminação de mercúrio é especificamente perigosa à fetos e crianças em fase de amamentação, se suas mães alimentam-se dessa carne. Ainda assim o governo japonês permite que essa comida contaminada continue a ser vendida sem aviso, até mesmo a mulheres grávidas.

Carne de golfinho em supermercados japoneses

Carne de golfinho em supermercados japoneses

carne de golfinho vendida como carne de baleia

Carne de golfinho vendida como carne de baleia

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Em 26 de outubro de 2007, o Instituto Sea Shepherd Brasil ingressou com ação judicial motivado pela denúncia do massacre de mais de 80 golfinhos, no estado do Amapá, que teriam sido utilizados como isca na pesca ilegal de tubarões. O fato foi noticiado em rede internacional. A pesca de golfinhos é considerada ilegal em território nacional de acordo com a Lei Federal nº. 7.643/87, chamada Lei de Cetáceos, que também proíbe a captura e molestamento de baleias em águas jurisdicionais brasileiras.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=Qtmh84B8GqE&feature=related[/youtube]

Empresas estrangeiras de pesca recrutam embarcações nacionais para realizarem esta carnificina em território brasileiro. Infelizmente, nossa fiscalização ambiental é fraca e despreparada, fato que propicia estes acontecimentos lamentáveis. Nós do Instituto Sea Shepherd Brasil estamos atentos a este caso e a outros que atentam contra a vida marinha nacional.

Esta campanha do Instituto Sea Shepherd Brasil que foi chamada de Operação Furacão Silencioso em homenagem ao silêncio do IBAMA e à inércia da Justiça Federal. O furacão é uma referência a nossa intenção em promover com esta ação judicial uma séria investigação sobre as empresas que estão se beneficiando com esses massacres.

Ação Civil Pública nº 2007.31.00.002529-6 (Amapá)
Autor: ISSB
Réu: Jonan Queiroz de Figueiredo

Ação Civil Pública nº 2007.31.00.001910-7 (TRF1 – AP)
Autor: ISSB
Réu: Ibama/AP