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Força O.R.C.A protege rinocerontes em perigo na África do Sul

A Força O.R.C.A , unidade terrestre de investigação e de intervenção da Sea Shepherd, está atualmente envolvida em uma colaboração muito bem sucedida com organizações locais em um esforço para melhorar as ações anti-caça furtiva na África do Sul.

Recentemente, a equipe recebeu um pedido de assistência da Organização Sul-Africana SPOTS (Proteção Estratégica de Espécies Ameaçadas). Os membros da equipe do Força O.R.C.A aceitaram com prazer o convite para auxiliar a SPOTS, que financiou a viagem da tripulação da Sea Shepherd para ajudar no seu projeto com os rinocerontes.

“A decisão de apoiar SPOTS foi fácil de tomar, embora o foco deles, atualmente, não seja a vida selvagem do oceano”, explica o diretor da Força O.R.C.A, Laurens de Groot. “As organizações criminosas da Ásia que lucram com o comércio ilegal de chifres de rinocerontes, são exatamente as mesmas que lucram com o comércio de barbatanas de tubarão. Precisamos lutar contra esses criminosos em todas as frentes, seja em terra ou mar, com o objetivo de atingi-los onde mais dói, dizimando seus lucros. A SPOTS usa táticas inovadoras de ação direta para caçar os caçadores furtivos, que é exatamente o que a Sea Shepherd faz , então ajudá-los estava de acordo com nossa missão”.

No momento, o co-fundador da SPOTS, Peter Milton, estima que existam menos de 12.000 rinoceronte brancos e 2.500 rinocerontes pretos na África do Sul. A maioria dos rinocerontes são baleados e deixados para morrer em agonia, enquanto os caçadores decolam com seus 6-7 quilos de chifres. Os lucros deste comércio ilegal e atroz são elevados. Um único chifre pode ser vendido para os intermediários por até 65.000 dólares por quilo. Eventualmente, os chifres são moídos e acabam nos mercados chineses e vietnamitas, onde são vendidos por grama, criando um lucro estimado para a máfia da região de $1.000.000 dólares por chifre.

Surpreendentemente, até agora, em 2012, mais de 300 rinocerontes foram mortos – cerca de dois por dia. “Nesse ritmo, os consumidores chineses e vietnamitas serão responsáveis por exterminar a população remanescente , que está em perigo, semelhantemente aos pandas chineses”, diz Milton, em um comunicado comparando a situação dos rinocerontes da África do Sul ao amado símbolo nacional da China.

A Sea Shepherd tem sido capaz de fornecer equipamentos de alta tecnologia adicional, incluindo sistemas aéreos não tripulados (UAS), visão noturna e equipamentos de infravermelho, bem como uma pequena equipe de especialistas e veteranos da campanha, a fim de melhorar a anti caça furtiva da SPOTS. Um dos membros da equipe, explica: “Sistemas aéreos não tripulados e outros equipamentos de alta tecnologia são essenciais para proteger a vida selvagem na África”, disse ele. “Como os nossos oceanos, as áreas que precisam ser patrulhados na África do Sul são vastas e a tecnologia UAS oferece o método mais eficaz de vigilância.”

“Ao compartilhar a nossa experiência técnica e nosso conhecimento, esperamos criar uma rede de parceiros determinados a parar os caçadores no oceanos e nas reservas de vida selvagem na África “, disse a coordenadora da Sea Shepherd da África do Sul, Rosie Kunneke. “Usando os olhos no céu e ferramentas como câmeras de imagens térmicas e com visão noturna, os caçadores ilegais serão mais fáceis de se encontrar e podemos reduzir significativamente o risco de mortes de animais e humanos. Ele também reduz a probabilidade de corrupção e perda de informações, que é um grande problema na África do Sul. Com o equipamento certo, você pode trabalhar eficientemente com uma equipe pequena de profissionais dedicados e apaixonados, decididos a parar os caçadores.”

Através da combinação de forças, conhecimentos e experiências com a SPOTS, a Força O.R.C.A espera criar um modelo que possa ser usado para melhorar os esforços anti-caça em todo o mundo.

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Traduzido por Dani Vasques, voluntária do Instituto Sea Shepherd Brasil