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Tartarugas marinhas são atendidas por voluntários, no Rio de Janeiro

No final da tarde do dia 05 de março, os voluntários do núcleo carioca do Instituto Sea Shepherd Brasil (ISSB) foram acionados pelos bombeiros militares do 1º Grupamento Marítimo – GMar/Botafogo, para prestar atendimento a 03 tartarugas marinhas verdes  – Chelonia Mydas – resgatadas na Baía de Guanabara.

Ao chegarem ao local, constataram que a situação de duas tartarugas era muito ruim e ambas continham uma grande quantidade de fibropapilomatoses.

Tartaruga marinha sendo examinada pela voluntária Isabella Libardi. Foto: ISSB

A fibropapilomatose é uma doença caracterizada pela presença de múltiplos tumores de pele que podem também afetar órgãos internos. É uma doença que ocorre nas tartarugas de todos os oceanos, afetando principalmente as verdes – Chelonia mydas. Embora sejam tumores de natureza benigna, podem prejudicar o deslocamento e alimentação dos animais, causando debilidade e, consequentemente, a morte.

Grande quantidade de fibropapilomatoses. Foto: ISSB

Embora a natureza da doença não seja ainda totalmente conhecida, a presença de tumores tem sido  associada a um vírus (herpes-vírus), e sua ocorrência é mais frequente em locais com altos índices de poluição. São raros os casos registrados em áreas conservadas. Desta forma, mesmo que as ações humanas não sejam a causa primária, contribuem  efetivamente para a intensificação e proliferação da doença.

A maior das 03 tartarugas marinhas, que infelizmente, foi a óbito. Foto: ISSB

Infelizmente, a maior das tartarugas não resistiu e foi a óbito, ainda na base do 1º GMar. Diante o grave quadro da outra tartaruga, a mesma foi encaminhada para a base de estabilização da empresa CTA Ambiental, localizada na Universidade Castello Branco, na Penha, zona norte do Rio de Janeiro, onde passará por exames e retirada dos tumores de pele.

Já a terceira tartaruga marinha verde – apelidada de Nazaré – foi avaliada e não apresentava qualquer intercorrência que justificasse seu direcionamento para um centro de tratamento, tendo sido um equívoco seu resgate. Diante o ótimo quadro, os voluntários cariocas decidiram por realizar a sua soltura na Praia Vermelha, na Urca, zona sul da cidade.

O IBAMA/RJ foi devidamente comunicado da realização destes procedimentos.

Tartaruga marinha, apelidada de Nazaré, pelos voluntários. Foto: ISSB

 

Soltura da tartaruga marinha “Nazaré” pela voluntária Isabella, na Praia Vermelha, Urca/RJ. Foto: Luiz Felipe Mafra

Acompanharemos a reabilitação da tartaruga marinha levada para a base de estabilização e esperamos, em breve, poder noticiar sua soltura.

Nossos agradecimentos aos voluntários Isabella Libardi, Luiz Felipe Mafra, Gisele Pontes e Luiz André Albuquerque. Caso você tenha interesse em tornar-se um voluntário do Núcleo Rio de Janeiro, escreva-nos um e-mail para nucleorj@seashepherd.org.br