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Sea Shepherd salva 305 baleias na Operação Musashi

musashiNessa última temporada, a Sea Shepherd salvou 305 baleias de uma morte agonizante pelos arpões explosivos da frota baleeira japonesa, e a Agência de Pesca Japonesa está culpando a Sea Shepherd pela sua falha em atingir sua cota. O Instituto de Pesquisas Cetáceas divulgou que no Oceano Austral, em 2008/2009, foram assassinadas 679 baleias Minke, de um objetivo de 935, e apenas uma baleia Fin – em perigo de extinção, das 50 previstas. “A caça dessa temporada foi reduzida devido à interferência de ativistas“, reclama Shigeki Takaya, porta-voz da Agência de Pesca.

Os baleeiros japoneses estenderam a temporada de caça por mais duas semanas, em uma tentativa de recuperar as perdas. Apesar disso, abateram apenas 2% da cota de baleias Fin e 72% de baleias Minke. A estimativa de prejuízo está em 10 milhões de dólares. Com o aumento dos custos devido a medidas de segurança, a indústria baleeira japonesa precisaria de pelo menos 700 baleias para compensação econômica. Mais uma vez, a Sea Shepherd atrapalhou os lucros da frota baleeira do Oceano Austral.

“Nós continuamos a falar a única linguagem que esses piratas entendem“, diz o Capitão Watson. “Lucro e prejuízo. Nós precisamos manter altos seus prejuízos, e baixos seus lucros. Uma hora, nós iremos acabar com esses assassinos com economia aplicada agressivamente”.Kazuo Yamamura, presidente da Kyodo Senpaku Kaisha, que opera a frota baleeira, disse aos repórteres que estava incomodado pelos estragos causados em seu navio pela Sea Shepherd. “Eu estou enfurecido, e meu sangue está fervilhando de raiva“, esbravejou o empresário. A companhia culpou a Sea Shepherd por atritos em mar, dizendo que os ativistas atacaram atropelando dois navios japoneses e atingindo baleias capturadas com garrafas de manteiga podre.

“Nós não atropelamos nenhum navio baleeiro“, defende-se Watson. “Nós bloqueamos suas operações de carga, e quando eles tentaram se livrar de nós, as embarcações arpoeiras causaram as colisões. Os navios arpoeiros matadores são mais rápidos e manobráveis que o Steve Irwin, e sugerir que nós os atropelamos seria absurdo. Três colisões diferentes aconteceram quando eles tentaram se livrar de nós para descarregar as baleias.

Neste ano, um navio da Sea Shepherd perseguiu a frota nipônica por mais de 3.200 km pelas gélidas águas do Oceano Antártico, antes de se retirar em fevereiro. “Estou contente que o sangue de Yamamura esteja fervilhando“, comemorou Paul Watson. “Estou contente que ele está enfurecido e estou absolutamente contente que os baleeiros japoneses não tiveram nenhum lucro neste ano e, acima de tudo, estou contente que nós salvamos 305 vidas. Isso significa três anos seguidos que nós suprimimos seus lucros sangrentos. Pretendemos ter um quarto ano, quando retornarmos ao Oceano Austral em dezembro, para mais uma vez interromper as atividades ilegais da frota baleeira japonesa”.

A Operação Musashi da Sea Shepherd foi um sucesso. “Nós fizemos o nosso melhor com os recursos que tínhamos disponíveis”, explica Watson. “Se nós pudermos arrecadar fundos para obter uma segunda embarcação, mais veloz, poderemos fazer ainda mais na próxima temporada“.
A campanha foi documentada na íntegra pelo canal de televisão a cabo Animal Planet, e levado ao ar em seu programa ‘Whale Wars’. “Cada baleia salva é uma vitória, e 305 baleias salvas é uma enorme vitória, ainda mais custando aos baleeiros seu lucro para a próxima temporada. É uma incrível vitória“, apontou o Primeiro-Oficial Peter Hammarstedt, da Sea Shepherd sueca.