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Sea Shepherd Brasil promove pela segunda vez arrastão de limpeza em praias do litoral norte da Paraíba

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Foto. ISSB/PB

No último domingo, dia 21/02/2016, o Núcleo paraibano do Instituto Sea Shepherd Brasil promoveu o segundo arrastão de limpeza em praias do Litoral Norte da Paraíba, dessa vez no município de Baia da Traição.

A ação foi realizada em parceria com o surfista profissional Erbeliel Andrade e amigos da comunidade do surfe de Baia da Traição. Todos os anos, o atleta promove mutirões de limpeza nas praias da cidade e no último domingo não foi diferente

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Foto. Kléber Filho

Os alvos escolhidos inicialmente foram as praias do Tambá e Praia do Forte, finalizando a limpeza pela Praia da Vala (tida por muitos como o grande pico de surf na Paraíba, no meio da “terra do surfe nordestino”). Infelizmente, por motivos de força maior e uma série de infortúnios, não pudemos começar o trajeto pela Praia do Forte que já havia sido tomada pela maré alta, sem contar uma forte chuva que atrapalhou a chegada dos voluntários do Núcleo paraibano que viajaram 90 km de João Pessoa até Baia da Traição, enfrentando toda sorte de obstáculos.

Foto. Kléber Filho

Foto. Kléber Filho

Felizmente, nossos aliados não arrefeceram e iniciamos a limpeza pela Praia do Tambá por volta das 13:30, após enfrentar uma difícil trilha e uma descida de falésia até o ponto inicial. Iniciados os trabalhos, o grupo de aproximadamente 14 pessoas começou a percorrer o trajeto de 3km que só viria terminar na trilha de acesso ao mirante da Praia da Vala.

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Foto. Kléber Filho

Ambas as praias, apesar de pouco frequentadas por banhistas, sofrem com poluição marinha. Sobretudo no que tange ao lixo trazido pelas marés e que, por falta de recolhimento, acaba acumulado nas zonas costeiras. Em todas as atividades de coleta de lixo marinho promovidas pelo núcleo paraibano, poucas vezes tanta quantidade de lixo foi encontrada em tão pouco espaço. Isso em praias paradisíacas, quase desertas e de difícil acesso.

Foto. Katherine Viana

Foto. Katherine Viana

O acúmulo de sujeira ao longo da costa também se dá pela ausência de iniciativas como a de Erbeliel, de recolher resíduos sólidos das praias que frequenta por iniciativa própria, sem esperar o apoio ou auxílio do poder público ou quem quer que seja. Apenas pequenos grupos de pessoas que se juntam em prol de um bem comum. Se na área urbana a coleta é feita, nas praias de Baia da Traição não podemos dizer o mesmo, sendo bastante comum encontrá-las em estado deplorável.

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Foto. Kléber Filho

Não foi fácil recolher parte do lixo depositado nelas, indo contra a maré, sofrendo com chuvas esporádicas e com trilhas que desafiam qualquer andarilho. Mas a superação de cada desafio posto no nosso caminho é o que nos incentiva a seguir adiante. Não fizemos tudo que queríamos, nosso material de recolhimento esgotou-se perto do final da tarde e até nada mais poder ser feito, seguimos para o destino mais próximo.

Foto. Kléber Filho

Foto. Kléber Filho

Ao final, em virtude do tempo e do trajeto que teríamos que percorrer após o encerramento das atividades, a quantidade de lixo recolhida serviu para superar a capacidade de volume de uma picape média, o que equivale a aproximadamente 1150 litros de volume e 730 kg de carga, conforme podemos observar na imagem abaixo:

Foto. Parte do Apurado do dia sendo preparado para o transporte até a zona urbana de Baia da Traição. Kléber Filho

Foto. Parte do Apurado do dia sendo preparado para o transporte até a zona urbana de Baia da Traição. Kléber Filho

Encerrada a catação, levamos todo o material recolhido para zona urbana de Baia da Traição para que a municipalidade o recolhesse, como de fato o fez no dia seguinte:

Foto. Erbeliel Andrade

Foto. Erbeliel Andrade

Entretanto, precisamos ressaltar que durante a semana que antecedeu o evento, mantivemos um bom diálogo com a Secretaria de Infraestrutura do Município, principalmente com o titular da pasta, Alison Padilha, que só não pôde estar presente ao final da empreitada para uma “entrega simbólica” do lixo porque teve que se ausentar da cidade. Porém, o mesmo se comprometeu a dialogar sobre futuros projetos a serem desenvolvidos com a sociedade civil e com o ISSB. Diálogo com o poder público é algo raro de acontecer em terras paraibanas, por isso, fazemos questão de ressaltar a disponibilidade do Secretário em buscar novas alternativas para solução de antigos problemas. Da parte deste núcleo, terão toda colaboração possível.

Muito mais que apenas divulgar petições ou compartilhar notícias indignadas na internet, a Campanha Dirty Sea Project lançada pela Sea Shepherd está percorrendo o litoral brasileiro desenvolvendo Educação Ambiental e limpezas de orla e submersa.

Foto. ISSB/PB

Foto. ISSB/PB

Fique atento em seu estado e ajude a Sea Shepherd a manter as praias limpas.