Editorial

Sea Shepherd Austrália escolta a frota baleeira japonesa para fora do Santuário de Baleias da Antártica

Posição em 1 de março, às 18:58 (horário da Austrália), a 59° 59′ sul e 60° 32′ leste

Comentário por Paul Watson, Observador

O SSS Steve Irwin acompanha a frota baleeira. Foto: Sea Shepherd Austrália / Eliza Muirhead

A frota baleeira japonesa deixou o Santuário de Baleias do Oceano Austral e está se dirigindo para o norte.

Os navios que cruzam 60 graus norte são o Nisshin Maru, Yushin Maru, Yushin Maru 2, Shonan Maru 2, o Steve Irwin e o Bob Barker.

A frota baleeira japonesa inteira está agora 60 graus norte e fora do Santuário de Baleias da Antártica.

O navio de combustível de bandeira panamenha e propriedade coreana, o petroleiro Sun Laurel, viajando com o Yushin Maru 3 e seguido pelo navio da Sea Shepherd, Sam Simon, está 120 milhas náuticas a norte do Nisshin Maru e continua a norte a 11 nós.

Uma vez que a frota baleeira japonesa chegou no Oceano Antártico às 23:30 horas em 28 de janeiro de 2013, os navios da Sea Shepherd têm perseguido a frota por mais de 6.240 milhas para o oeste, a partir do Mar de Ross para a Baía Pryzd, a partir de 164° 02′ Oeste e 60° 20′ Leste.

A campanha teve dois confrontos para impedir a matança de baleias e três confrontos para evitar o abastecimento ilegal do Nisshin Maru pelo Sun Laurel.

Durante a campanha, as equipes da Sea Shepherd não lançaram quaisquer projéteis ou implantaram qualquer dispositivo incrustante de hélice. Os baleeiros japoneses lançaram granadas flashbangs e acertaram os tripulantes da Sea Shepherd com canhões de água. Todos os três navios da Sea Shepherd foram danificados depois de serem atingidos várias vezes pelo navio de 8.000 toneladas, Nisshin Maru.

A caça de baleias terminou nesta temporada? Nós não estamos certos, mas nós temos 80% de certeza de que pode ter acabado.

A Sea Shepherd não vai intervir contra qualquer transferência legal de combustível entre o Nisshin Maru e o Sun Laurel acima de 60 graus ao Sul, mas o Sun Laurel está há mais de 120 quilômetros ao norte, e ainda se movendo para o norte a 11 nós. Levaria pelo menos 48 horas para se encontrar com o Sun Laurel para reabastecer e mais quatro dias para voltar para a área de caça às baleias. Isto deixaria uma semana para matar baleias e com o tempo se deteriorando rapidamente, dificilmente valeria a pena o esforço.

Quantas baleias foram mortas? A Sea Shepherd pode confirmar a morte de duas baleias Minke. Algumas baleias podem ter sido mortas a oeste; o Nisshin Maru e o Yushin Maru 2 tiveram dois dias livres até que os navios da Sea Shepherd chegassem até eles.

Podemos confirmar que o Yushin Maru e o Yushin Maru 3 não mataram baleias nesta temporada. Estes dois navios estavam sob observação em todos os momentos.

Minha estimativa conservadora do número de baleias mortas este ano não é mais do que 75. Pode ser muito menor, mas certamente não superior. No ano passado, eu previ que os baleeiros alcançaram 30% de sua cota de matança. A matança real foi de 26%.

Apesar da Operação Tolerância Zero não ter conseguido zero mortes, esta campanha será responsável pelo menor número de baleias mortas pela frota baleeira japonesa em toda a história de sua caça de baleias na Antártida.

A campanha da Sea Shepherd Conservation Society, liderada pela Sea Shepherd Austrália, tem sido um enorme sucesso, e os tripulantes dos três navios da Sea Shepherd estão satisfeitos com o que foi alcançado nesta temporada.

Todos os três navios da Sea Shepherd vão continuar acompanhando a frota baleeira ao norte para garantir que eles não retornarão para matar baleias.

Bob Barker e Steve Irwin acompanhando o Nisshin Maru para fora do Santuário de Baleias da Antártica. Foto: Sea Shepherd Austrália / Tim Watters

Traduzido por Raquel Soldera, voluntária do Instituto Sea Shepherd Brasil