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Rio Cubatão tem dez vezes mais coliformes fecais do que o permitido

Um laudo feito pelo Instituto Sea Shepherd Brasil – Núcleo Santa Catarina com amostras coletadas no dia 19 de fevereiro de 2017, de cinco diferentes trechos do Rio Cubatão do Sul, na Grande Florianópolis, aponta índices alarmantes de poluição e contaminação.

Esgoto Clandestino

O rio é responsável por abastecer grande parte de Florianópolis, São José, Palhoça e Biguaçu. Entre os cinco pontos analisados, estão: Rio Cubatão Antes de Santo Amaro da Imperatriz, Boca de Lobo no Centro de Santo Amaro da Imperatriz, Efluente Estação de Tratamento de Água da Casan e Rio Caldas do Norte (afluente), respectivamente.

Anotações

Todos os pontos analisados apresentaram resultados acima dos limites estabelecidos pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente, além de apontarem para o despejo irregular de esgoto sanitário. As quantidades de coliformes termotolerantes, que são bactérias normalmente encontradas no intestino humano e animal, por exemplo, chegam a níveis quase dez vezes maiores do que o permitido no ponto que leva a água até a Estação de Tratamento da Casan.

Coleta pra análise

“Encontramos plantação de tomate na beira do rio, e o tomate é uma das culturas que mais leva agrotóxico. Esse tipo de química não sai em tratamento. As pessoas podem estar bebendo veneno.”, explica Hugo Malagoli, Diretor do Núcleo de Santa Catarina

Plantação de tomate e ausencia de mata ciliar

Construção irregular

Hugo também cita a ausência de mata ciliar às margens do rio, o que evitaria o assoreamento do curso, além de construções irregulares. Ele também apontou algumas medidas necessárias para recuperar o rio, como a recuperação da mata ciliar, fiscalização e punição dos responsáveis pelas ligações clandestinas de esgoto, e, claro, o cumprimento das leis ambientais brasileiras.

Rede no rio (amarrado a uma “poita”).

Criação de animais na margem

O dossiê com os laudos das análises, relatórios e soluções apontadas foram protocoladas nas Prefeituras de Palhoca, Santo Amaro da Imperatriz bem como no IBAMA e FATMA.

Diretor do Nucleo Hugo Malagoli