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Negado o acesso da Sea Shepherd às audiências finais da Corte Internacional de Justiça

Por Geert Vons, Diretor da Sea Shepherd Holanda e o Capitão Alex Cornelissen, Diretor Global Executivo da Sea Shepherd (no vídeo)

Tribunal Internacional de Justiça – 15 de Julho

Foi negado o acesso à Sea Shepherd para entrar no Palácio da Paz, a fim de participar da primeira sessão da segunda rodada de argumentos orais e observações do Japão.

Em primeira instância, uma representante da Corte Internacional de Justiça nos informou na porta que as audiências não foram abertas ao público. Isso foi uma surpresa, já que no comunicado oficial recebido pelo nosso advogado haviam sido oferecido dois assentos pela Corte Internacional de Justiça, para atender todos os envolvidos na caça de baleias na Antártida (Austrália v. Japão: Nova Zelândia intervindo).

A senhora foi muito educada, porém, estava obviamente muito desconfortável.

Quando foi mostrado a esta representante uma cópia do comunicado escrito pelo Tribunal ao nosso advogado, onde constava que tínhamos sidos convidados e autorizados a participar de todas as audiências, inclusive as audiências preliminares, ela meio que confessou que tinha recebido ordens estritas para não nos deixar entrar.

Ela começou a realmente se sentir desconfortável, discutindo até com seu colega que estava ao seu lado. E fez uma chamada telefônica. Ao desligar, ela nos informou que o motivo desta negação se devia ao fato de problemas técnicos que não nos autorizava a participar.

Como eu não tinha qualquer indício de quem seria a pessoa do outro lado do telefone, perguntei se poderias falar com a pessoa que ela acabara de falar.

Ela não quis nos passar o nome ou o número de contato desta pessoa ao qual ela conversou por telefone. A representante ainda foi muito educada, e eu meio que senti pena dela, pelo fato dela ser apenas a mensageira.

Como eu tinha um número de telefone geral da Corte Internacional de Justiça por escrito, obtido através do nosso advogado, decidimos então fazer uma tentativa.

Outra senhora muito simpática também nos informou que não éramos bem-vindos, e que ela estava muito triste por isso. Ela se ofereceu para ver o que podia fazer e me pediu para ligar novamente em 10 minutos.

Eu liguei novamente depois de dez minutos e, no final, fui informado de que a Corte Internacional de Justiça não precisa se justificar e dar algum uma motivo pela qual não fomos autorizados a entrar no Palácio da Paz.

Então, não nos deram uma razão concreta. Deixaram à especulação.

Como mencionado anteriormente, hoje foi a primeira sessão do segundo turno das alegações e observações do Japão.

Será que sob pressão do Japão, a Corte Internacional de Justiça não queria que a Sea Shepherd Conservation Society estivesse presente e, para proibir, portanto, a Sea Shepherd, não tinha outra escolha, a não ser negar a entrada ao público em geral?

A Sea Shepherd já foi mencionada várias vezes na Corte Internacional de Justiça nas últimas semanas.

Estatísticas japonesas mostraram que o Japão culpou a Sea Shepherd por não ser capaz de atingir a sua cota de amostragem (leia-se, número de baleias a serem mortas).

É bom ver que as campanhas da Sea Shepherd têm sido realmente eficazes, e que salvamos a vida de milhares de baleias.

Geert Vons, Diretor da Sea Shepherd Holanda

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“Você não pode passar”: a porta fechada da Corte Internacional de Justiça. Foto: Sea Shepherd

Traduzido por Raquel Soldera, voluntária do Instituto Sea Shepherd Brasil