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Mensagem de agradecimento do Capitão Paul Watson

Obrigado.
Nós fizemos isso!

Capitão Paul Watson em mensagem de agradecimento

Capitão Paul Watson em mensagem de agradecimento

De uma perspectiva de médio e longo prazo, o Japão deveria aprimorar a sua proteção dos recursos marinhos cumprindo as normas internacionais. O Japão vem sofrendo crescentes críticas da comunidade internacional, não só devido ao seu programa de caça, mas também devido à pesca do atum. Para evitar críticas injustificáveis do exterior, o Japão deve melhorar toda a sua política em matéria de proteção dos recursos marinhos.

Jornal The Mainichi
19 de fevereiro de 2011
 
Hoje nós celebramos com vocês uma vitória para os oceanos! A Sea Shepherd mudou o curso e provocou um debate no Japão sobre a caça às baleias.

Cinco anos atrás, o cidadão médio japonês dava pouca atenção ao programa de caça do Japão no Oceano Antártico. Nem pensava muito sobre a matança de golfinhos em Taiji ou o fato de que a demanda japonesa de atum-azul levou esta espécie à beira da extinção.

A Sea Shepherd mudou tudo isso através de anos de paciência, foco e determinação, em ações para defender as espécies marinhas, do plâncton às grandes baleias.

Nossa abordagem é única. Agressiva, mas sem causar danos físicos aos nossos adversários. Eficaz, sem infringir a lei. Nós cumprimos a lei. E nesta última campanha antártica, 2010-2011, nós demonstramos que o nosso ativismo funciona.

Na campanha antártica de 2010-2011, conduzimos a frota baleeira japonesa para fora do Santuário de Baleias do Oceano Antártico. Eles estão a caminho de casa!

Mas não fizemos isso sozinhos. Nós fizemos isso com você! A Sea Shepherd é mais do que os navios e tripulantes que os operam.

Sim, a equipe é importante – homens e mulheres de todo o mundo, de todos os estilos de vida, que oferecem seu tempo e habilidades e arriscam suas vidas para defender a vida nos mares. Eles são, naturalmente, um motivo muito importante para o sucesso de nossas missões. Eles são as pessoas que confrontam diretamente com os assassinos em alto mar. É a paixão deles que faz com que a Sea Shepherd seja o que é.

A tripulação a bordo dos navios não poderia funcionar sem a nossa equipe em terra, que compõe o nosso pessoal de escritório e nossos muitos voluntários em terra. Nossa tripulação em terra é tão importante quanto aqueles que vão para o mar. Eles fazem orçamentos, respondem telefonemas, processam doações, conduzem investigações jurídicas, respondem às perguntas da mídia, criam produtos, organizam benefícios como vendas e leilões de arte, preparam informações, preparam os navios no porto, solicitam doações de alimentos e serviços para os navios – e muito mais.

Mas, a fundação do que nós somos e o que fazemos está firmemente sobre os ombros dos nossos apoiadores de todo o mundo. Seu apoio financeiro coloca em nossas mãos os recursos para alimentar o nosso grupo, colocam gasolina no tanque, pintam nosso casco, mantém nossos motores em funcionamento, e nossa segurança e os requisitos de navegação em dia.

É essa trindade da tripulação do mar, da tripulação em terra e da equipe de apoio financeiro que mantém a Sea Shepherd no mar e mantem os arpoadores longe das baleias, as clavas longe das focas, os espinhéis e as redes longe dos peixes, tartarugas e tubarões, e as facas longe dos golfinhos.

A Sea Shepherd é de todos nós, que nos preocupamos com nossos oceanos e estamos dispostos a levantar e AGIR, de qualquer maneira que somos capazes, em defesa da diversidade maravilhosa e frágil da vida nos oceanos.

Somos todos pastores do mar, e os que não são, deveriam ser, porque a dura realidade é que se nossos oceanos morrerem, nós morremos! Juntos podemos lutar não apenas pelas baleias, tubarões, focas, aves marinhas, tartarugas, peixes; juntos, lutamos pela nossa própria sobrevivência.

Juntos somos uma força do bem, uma força de mudança, uma força para a sanidade ecológica e uma força a ser reconhecida!

Ficaremos muito honrados se você permanecer conosco, pois em breve enfrentaremos batalhas em outras frentes – a pesca excessiva de atum-azul no Mediterrâneo, o abate de baleias-piloto nas Ilhas Faroe, a matança de golfinhos em Taiji, a caça furtiva em Galápagos, e muito mais.

Para todos os Pastores do Mar, que tornaram possível para nós conduzirmos os assassinos de baleias para fora do Santuário de Baleias do Oceano Antártico, eu acho que posso falar por todos os cidadãos do mar ao dizer “Obrigado”.

Traduzido por Raquel Soldera, voluntária do ISSB.