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Implantação de posto avançado nos Molhes é debatida

Laguna

Os frequentes casos de mortes de botos ocorridos nos últimos dias chama a atenção da população e das autoridades que se reuniram ontem para discutir o assunto e buscar soluções. O engenheiro, Patrick de Souza do departamento de Pesca e Agricultura do município se reuniu com representantes da Polícia Militar Ambiental, Marinha, Udesc, Instituto Sea Shepherd Brasil e Câmara de Vereadores.

De acordo com o engenheiro, as mortes têm ocorrido por três principais motivos: pesca ilegal com redes de bagre, navegação e a poluição. “Para cada item o intuito é discutir soluções. Mas, a ideia principal é a criação de um Posto Avançado nos Molhes, com o objetivo de fiscalizar, educar e orientar”, explica.

Ele revela que o poder executivo pretende encabeçar um plano estratégico envolvendo todos os órgãos fiscalizadores. “A colocação de câmeras para inibição, placas como meio educativo e outras ideias serão debatidas com cada órgão dentro de suas competências para que as ações comecem a dar resultado”, salienta. Nos próximos dias, reuniões pontuais serão realizadas para dar celeridade ao desenrolar deste tema.


Udesc pretende contribuir com dados técnicos

O representante da Udesc professor Pedro Castilho, relata que a instituição pode contribuir tecnicamente com a prestação de dados. “Hoje, com relação à mortalidade da espécie, nós temos uma linha de alerta e temos feito este acompanhamento. Se for constatado a morte de mais de 10% de botos por ano, em 50 anos, a espécie vai acabar. É necessário que se tenha atenção para a espécie”, explica o professor. Dentre as discussões, o comandante da Polícia Militar Ambiental, destaca a possiblidade de incluir os botos no Programa Protetor Ambiental. Este programa contempla adolescentes de todas as redes de ensino, que aprendem a conservar e multiplicar informações da área ambiental.

Fonte: www.notisul.com.br